Bombeiros de Arruda precisam de novo material de desencarceramento
SA
11-06-2017 às 21:45
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos tem vindo a organizar diversas iniciativas com vista à recolha de fundos para a associação. A última das quais decorreu neste fim de semana com o objetivo de se adquirir verbas tendo em vista a aquisição de material de desencarceramento.
Acácio Raimundo, comante dos voluntários de Arruda, conta ao “Chafariz de Arruda” que a corporação conta atualmente com 20 efetivos, sendo que 17 são bombeiros. Existem cerca de 70 voluntários, mas seriam necessários mais homens. As dificuldades são quase as mesmas que outras associações do país também enfrentam quanto ao facto de o efetivo ser curto, até porque “não é fácil a um bombeiro voluntário abandonar o seu posto de trabalho para vir ajudar a combater um incêndio”. “Nem sempre a entidade empregadora pode dar essas possibilidades”, refere o comandante.
Por isso a associação tem insistido no trabalho de cativar alguns jovens. Contudo nem neste ponto é fácil a tarefa deste corpo de bombeiros porque há todo um trabalho para elevar à categoria de bombeiro de terceira um jovem que ingresse na associação, e conseguir com isso algum nível de profissionalismo que o torne apto para a execução de tarefas mais exigentes a nível da resolução de sinistros. A vida académica e as exigências parentais são também uma vertente do dia-a-dia do jovem que dificilmente conseguirá consagrar o tempo desejável à atividade ao serviço dos soldados da paz. “Isto sem contar que quando a família o mete de castigo não o deixa vir para cá”, dá conta. A associação acolhe nesta altura jovens menores de idade, e para passar a bombeiro de terceira há que ter pelo menos 18 anos. “Nessa altura ou já estão a trabalhar ou a estudar fora”, constata o comandante.
A nível do parque automóvel, a associação dos bombeiros voluntários de Arruda dos Vinhos considera que para já está bem servida, apesar do desgaste das ambulâncias “que já andaram muitos quilómetros”. A associação tem dois veículos florestais, mais um veículo rural de combate a incêndios, um veículo de combate a incêndios urbanos, e seis ambulâncias. O foco será nesta altura, então, a aquisição da viatura de desencarceramento, "material entretanto obsoleto para a evolução dos tempos e dos veículos”. Esse equipamento rondará os 60 mil euros.
As ações de angariação de fundos da coletividade passam menos, hoje em dia, pelos peditórios “que já não suscitam adesão”, e mais “pelas diversas atividades que possamos levar a efeito”. Recentemente teve lugar uma “burricada” cujas receitas deram para a aquisição de mais um desfibrilhador. A associação apenas dispunha de um aparelho daquele género para a ambulância do INEM. “Em alturas de coincidência de ocorrências fazia muita falta mais um instrumento”.
O país já se começou a preparar para a época de incêndios cujo pico acontece entre julho e setembro durante a denominada fase charlie, ou seja a mais crítica, mas no concelho de Arruda dos Vinhos, o mês de outubro é sempre o mais preocupante, altura em que acontecem queimadas rurais em que os proprietários estarão mais descontraídos quanto a este tipo de ocorrências, e essa negligência tem custado caro. Desde o dia um de junho, que se encontra constituída uma equipa de cinco homens pronta para intervir durante as 24 horas do dia, e a partir de julho sobe para sete que estarão de prevenção e vigilância até 15 de outubro. A freguesia de Arranhó é a que oferece mais preocupação. De salientar que os proprietários mesmo assim vão tomando alguma consciência quanto à necessidade de limpeza dos seus terrenos e das faixas de contenção.
As dificuldades de tesouraria e económicas por vezes tornam-se ainda mais difíceis de gerir aquando dos atrasos no pagamento do transporte de doentes por parte do Estado e das instituições- “Um mal geral de todo o país”, constata. Vale neste campo a ajuda que a Câmara de Arruda tem podido corresponder, “garantindo algum fundo de maneio para que possamos sobreviver”.
Icónico nesta associação é o conhecido baile da chita que contudo tem vindo a perder fulgor. Acácio Raimundo é da opinião de que o evento tem perdido entusiastas e longe vão os tempos de antigamente quando o baile marcava o calendário dos acontecimentos no concelho. “Quando a população não adere, as verbas para a associação também não correspondem porque há menos entradas cobradas. Já foi uma boa fonte de receitas mas agora já não é, independentemente da qualidade das rainhas. As pessoas estão de facto a desligarem-se deste baile”.
Acácio Raimundo, comante dos voluntários de Arruda, conta ao “Chafariz de Arruda” que a corporação conta atualmente com 20 efetivos, sendo que 17 são bombeiros. Existem cerca de 70 voluntários, mas seriam necessários mais homens. As dificuldades são quase as mesmas que outras associações do país também enfrentam quanto ao facto de o efetivo ser curto, até porque “não é fácil a um bombeiro voluntário abandonar o seu posto de trabalho para vir ajudar a combater um incêndio”. “Nem sempre a entidade empregadora pode dar essas possibilidades”, refere o comandante.
Por isso a associação tem insistido no trabalho de cativar alguns jovens. Contudo nem neste ponto é fácil a tarefa deste corpo de bombeiros porque há todo um trabalho para elevar à categoria de bombeiro de terceira um jovem que ingresse na associação, e conseguir com isso algum nível de profissionalismo que o torne apto para a execução de tarefas mais exigentes a nível da resolução de sinistros. A vida académica e as exigências parentais são também uma vertente do dia-a-dia do jovem que dificilmente conseguirá consagrar o tempo desejável à atividade ao serviço dos soldados da paz. “Isto sem contar que quando a família o mete de castigo não o deixa vir para cá”, dá conta. A associação acolhe nesta altura jovens menores de idade, e para passar a bombeiro de terceira há que ter pelo menos 18 anos. “Nessa altura ou já estão a trabalhar ou a estudar fora”, constata o comandante.
A nível do parque automóvel, a associação dos bombeiros voluntários de Arruda dos Vinhos considera que para já está bem servida, apesar do desgaste das ambulâncias “que já andaram muitos quilómetros”. A associação tem dois veículos florestais, mais um veículo rural de combate a incêndios, um veículo de combate a incêndios urbanos, e seis ambulâncias. O foco será nesta altura, então, a aquisição da viatura de desencarceramento, "material entretanto obsoleto para a evolução dos tempos e dos veículos”. Esse equipamento rondará os 60 mil euros.
As ações de angariação de fundos da coletividade passam menos, hoje em dia, pelos peditórios “que já não suscitam adesão”, e mais “pelas diversas atividades que possamos levar a efeito”. Recentemente teve lugar uma “burricada” cujas receitas deram para a aquisição de mais um desfibrilhador. A associação apenas dispunha de um aparelho daquele género para a ambulância do INEM. “Em alturas de coincidência de ocorrências fazia muita falta mais um instrumento”.
O país já se começou a preparar para a época de incêndios cujo pico acontece entre julho e setembro durante a denominada fase charlie, ou seja a mais crítica, mas no concelho de Arruda dos Vinhos, o mês de outubro é sempre o mais preocupante, altura em que acontecem queimadas rurais em que os proprietários estarão mais descontraídos quanto a este tipo de ocorrências, e essa negligência tem custado caro. Desde o dia um de junho, que se encontra constituída uma equipa de cinco homens pronta para intervir durante as 24 horas do dia, e a partir de julho sobe para sete que estarão de prevenção e vigilância até 15 de outubro. A freguesia de Arranhó é a que oferece mais preocupação. De salientar que os proprietários mesmo assim vão tomando alguma consciência quanto à necessidade de limpeza dos seus terrenos e das faixas de contenção.
As dificuldades de tesouraria e económicas por vezes tornam-se ainda mais difíceis de gerir aquando dos atrasos no pagamento do transporte de doentes por parte do Estado e das instituições- “Um mal geral de todo o país”, constata. Vale neste campo a ajuda que a Câmara de Arruda tem podido corresponder, “garantindo algum fundo de maneio para que possamos sobreviver”.
Icónico nesta associação é o conhecido baile da chita que contudo tem vindo a perder fulgor. Acácio Raimundo é da opinião de que o evento tem perdido entusiastas e longe vão os tempos de antigamente quando o baile marcava o calendário dos acontecimentos no concelho. “Quando a população não adere, as verbas para a associação também não correspondem porque há menos entradas cobradas. Já foi uma boa fonte de receitas mas agora já não é, independentemente da qualidade das rainhas. As pessoas estão de facto a desligarem-se deste baile”.