Márcio Pereira, presidente da Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos
Modernização dos métodos melhorou qualidade dos néctares arrudeneses
Miguel A. Rodrigues
05-01-2017 às 16:25
Chafariz - Como correu o ano de 2016 para a adega em termos de produção? E em termos comparativos, diria que foi melhor ou pior do que em 2015?
Márcio Pereira – Tendo em conta o panorama nacional, em que houve quebras de produção superiores a 20 por cento, e perto dos 50 por cento em algumas regiões do país, a produção da Adega foi muito boa, situando-se a quebra de quantidade em apenas 14 por cento vem relação ao ano anterior. Esta quebra ficou a dever-se às condições do clima e chuvas ocorridas durante a floração. Este também foi um ano com especial incidência no que a várias doenças que atacam a vinha diz respeito. No entanto, os nossos produtores tomaram todas as medidas necessárias para minorar ao máximo os problemas que naturalmente afetaram toda a vinha portuguesa. Por outro lado, não notámos tanto a quebra na produção porque houve entrada de novos associados, o que correspondeu a maior quantidade de uva a chegar à Adega. No total, a Adega recebeu cerca de três milhões de toneladas de uva, contando já com algumas vinhas novas que tinham sido plantadas há dois ou três anos, e contando também com os novos produtores que se associaram e escolheram a Adega para entregar o seu produto. Isto é fruto do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por esta direção e que começa a dar frutos. Em termos qualitativos foi um ano excelente, as uvas chegaram com grande qualidade, o que possibilitará, mais uma vez, a produção de grandes vinhos. É uma qualidade equivalente à do ano passado. Em resumo, o ano de 2016 foi, em termos gerais, melhor do que o de 2015, tendo em conta a entrada de novos associados, o que permitirá à Adega crescer em termos quantitativos e qualitativos, desde já e também no futuro.
Tem existido uma grande aposta na modernização. Como está a correr essa modernização em termos de produção de vinho?
A Adega está bem equipada em termos tecnológicos para uma produção e armazenagem até 25 milhões de litros por ano. Temos a preocupação de estar sempre na vanguarda das novas técnicas enológicas. Exemplo disso foi a implementação, desde o ano passado, de um novo equipamento utilizado na vinificação dos brancos, o que veio possibilitar uma melhoria da qualidade destes vinhos. No que diz respeito aos tintos, passámos a aplicar algumas das mais modernas técnicas em termos enológicos, o que também veio permitir uma melhoria visível na qualidade dos nossos vinhos, com o lançamento, por exemplo, dos novos Lote 44. Aumentámos a gama, que passou a contar com um monocasta Syrah e com um Lote 44 Reserva, só possível porque a qualidade da uva era excelente e porque dispomos das melhores técnicas para trabalhar o vinho. O Lote 44 Colheita de 2015 também atingiu uma qualidade excecional, o que foi reconhecido com a medalha de ouro conseguida no Festival do Vinho Português 2016, na categoria de tintos regionais.
Por outro lado, a forma de comunicação com os clientes tem mudado nos últimos anos. Recentemente a Adega apresentou um novo site direcionado para o mercado. Essa comunicação é vital, na sua opinião, para manter o negócio?
Sim, apresentámos um novo site com uma imagem moderna e dirigida essencialmente para o consumidor final. No site é possível qualquer pessoa ficar a conhecer, não apenas a nossa gama de vinhos, mas também as caraterísticas da região de Arruda dos Vinhos, o património histórico, cultural e gastronómico, e as nossas ofertas de enoturismo. O site tem uma zona reservada a este tipo de turismo, onde os turistas nacionais e estrangeiros pode ter acesso às nossas ofertas nesta área. Já temos algumas disponíveis, como visitas guiadas com provas de vinhos, jantares vínicos, eventos temáticos, entre outras, e continuaremos a expandir esta oferta que consideramos muito importante para o futuro da Adega e da região. Não basta o nosso produto ter qualidade, é essencial que as pessoas queiram conhecer e comprovar essa qualidade, isso faz-se através de uma comunicação estreita com o consumidor final, mostrando o vinho, como este se faz, as características do produto e as mais valias de uma região tão bonita e diferente como é a de Arruda.
No que toca à qualidade do vinho. Sabemos que esta tem vindo a melhorar. Calculo que neste ano isso tenha também acontecido?
A qualidade dos vinhos da Adega, que já era excelente, tem vindo gradualmente a aumentar e a ser cada vez mais reconhecida por todos, como comprova a mais recente medalha de ouro conquistada pelo nosso Lote 44. Este é um vinho regional produzido com base nas melhores castas de Arruda e vinificado mediante os mais altos padrões de controlo de qualidade. Tendo por base este critério de exigência de qualidade, aumentámos a gama de Lote 44, tendo sido apresentados dois novos vinhos na 19ª Festa da Vinha e do Vinho. Como já referi, esses vinhos são o Lote 44 Reserva e a mono casta Syrah. No ano de 2017 iremos complementar a gama com a introdução de outros dois novos Lote 44. Isto só é possível porque as exigências de qualidade têm subido e os produtores têm percebido que vale a pena corresponder a estes padrões mais elevados.
Márcio Pereira – Tendo em conta o panorama nacional, em que houve quebras de produção superiores a 20 por cento, e perto dos 50 por cento em algumas regiões do país, a produção da Adega foi muito boa, situando-se a quebra de quantidade em apenas 14 por cento vem relação ao ano anterior. Esta quebra ficou a dever-se às condições do clima e chuvas ocorridas durante a floração. Este também foi um ano com especial incidência no que a várias doenças que atacam a vinha diz respeito. No entanto, os nossos produtores tomaram todas as medidas necessárias para minorar ao máximo os problemas que naturalmente afetaram toda a vinha portuguesa. Por outro lado, não notámos tanto a quebra na produção porque houve entrada de novos associados, o que correspondeu a maior quantidade de uva a chegar à Adega. No total, a Adega recebeu cerca de três milhões de toneladas de uva, contando já com algumas vinhas novas que tinham sido plantadas há dois ou três anos, e contando também com os novos produtores que se associaram e escolheram a Adega para entregar o seu produto. Isto é fruto do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por esta direção e que começa a dar frutos. Em termos qualitativos foi um ano excelente, as uvas chegaram com grande qualidade, o que possibilitará, mais uma vez, a produção de grandes vinhos. É uma qualidade equivalente à do ano passado. Em resumo, o ano de 2016 foi, em termos gerais, melhor do que o de 2015, tendo em conta a entrada de novos associados, o que permitirá à Adega crescer em termos quantitativos e qualitativos, desde já e também no futuro.
Tem existido uma grande aposta na modernização. Como está a correr essa modernização em termos de produção de vinho?
A Adega está bem equipada em termos tecnológicos para uma produção e armazenagem até 25 milhões de litros por ano. Temos a preocupação de estar sempre na vanguarda das novas técnicas enológicas. Exemplo disso foi a implementação, desde o ano passado, de um novo equipamento utilizado na vinificação dos brancos, o que veio possibilitar uma melhoria da qualidade destes vinhos. No que diz respeito aos tintos, passámos a aplicar algumas das mais modernas técnicas em termos enológicos, o que também veio permitir uma melhoria visível na qualidade dos nossos vinhos, com o lançamento, por exemplo, dos novos Lote 44. Aumentámos a gama, que passou a contar com um monocasta Syrah e com um Lote 44 Reserva, só possível porque a qualidade da uva era excelente e porque dispomos das melhores técnicas para trabalhar o vinho. O Lote 44 Colheita de 2015 também atingiu uma qualidade excecional, o que foi reconhecido com a medalha de ouro conseguida no Festival do Vinho Português 2016, na categoria de tintos regionais.
Por outro lado, a forma de comunicação com os clientes tem mudado nos últimos anos. Recentemente a Adega apresentou um novo site direcionado para o mercado. Essa comunicação é vital, na sua opinião, para manter o negócio?
Sim, apresentámos um novo site com uma imagem moderna e dirigida essencialmente para o consumidor final. No site é possível qualquer pessoa ficar a conhecer, não apenas a nossa gama de vinhos, mas também as caraterísticas da região de Arruda dos Vinhos, o património histórico, cultural e gastronómico, e as nossas ofertas de enoturismo. O site tem uma zona reservada a este tipo de turismo, onde os turistas nacionais e estrangeiros pode ter acesso às nossas ofertas nesta área. Já temos algumas disponíveis, como visitas guiadas com provas de vinhos, jantares vínicos, eventos temáticos, entre outras, e continuaremos a expandir esta oferta que consideramos muito importante para o futuro da Adega e da região. Não basta o nosso produto ter qualidade, é essencial que as pessoas queiram conhecer e comprovar essa qualidade, isso faz-se através de uma comunicação estreita com o consumidor final, mostrando o vinho, como este se faz, as características do produto e as mais valias de uma região tão bonita e diferente como é a de Arruda.
No que toca à qualidade do vinho. Sabemos que esta tem vindo a melhorar. Calculo que neste ano isso tenha também acontecido?
A qualidade dos vinhos da Adega, que já era excelente, tem vindo gradualmente a aumentar e a ser cada vez mais reconhecida por todos, como comprova a mais recente medalha de ouro conquistada pelo nosso Lote 44. Este é um vinho regional produzido com base nas melhores castas de Arruda e vinificado mediante os mais altos padrões de controlo de qualidade. Tendo por base este critério de exigência de qualidade, aumentámos a gama de Lote 44, tendo sido apresentados dois novos vinhos na 19ª Festa da Vinha e do Vinho. Como já referi, esses vinhos são o Lote 44 Reserva e a mono casta Syrah. No ano de 2017 iremos complementar a gama com a introdução de outros dois novos Lote 44. Isto só é possível porque as exigências de qualidade têm subido e os produtores têm percebido que vale a pena corresponder a estes padrões mais elevados.
Há de resto um gabinete de acompanhamento. Como tem corrido a experiência?
Andamos sempre em torno da mesma realidade: a excelente qualidade das uvas é fundamental para a excelente qualidade dos vinhos. Por isso foi criado, em 2015, o Gabinete de Apoio ao Produtor, em que qualquer associado pode recorrer no sentido de recolher o máximo de informação possível sobre as técnicas e o melhor modo de trabalhar as suas vinhas com vista ao aumento da qualidade e quantidade de produção. Neste gabinete também encontram apoio técnico, jurídico e fiscal para apresentação de candidaturas a fundos e programas de apoio à agricultura. Temos ainda um engenheiro em permanência que, mediante solicitação dos associados, os acompanha diretamente, deslocando-se inclusive às vinhas para aconselhamento e ajuda à resolução de algum problema que possa surgir. Tudo isto de forma totalmente gratuita para os associados da Adega.
Estamos a falar de grande parte de produtores de uma faixa etária mais velha. Até que ponto aceitaram bem estas novidades?
Não escondemos que possa ser mais fácil implementar as novas técnicas de produção junto dos novos associados da Adega. No entanto, no geral, todos os associados se têm mostrado recetivos à necessidade de melhoria e querem aumentar a qualidade e quantidade das suas produções, uma vez que esse aumento também é vantajoso para eles, significando maior rentabilidade económica. As melhores uvas são pagas a um preço superior, como acontece com qualquer produtor de vinhos, percebendo isso e sendo valorizados pelo esforço do seu trabalho, os produtores têm todo o interesse em mudar o que for necessário para melhorar e evoluir.
Havia um défice de comunicação entre a anterior direção da cooperativa e os produtores. Essa barreira está ultrapassada?
Foram criadas novas formas de comunicação com os associados, desde logo a informação disponibilizada na página do facebook e no site. Também foi criada uma newsletter digital, que qualquer pessoa pode subscrever e que também é enviada para os associados. Paralelamente também enviamos um boletim interno por correio, uma ferramenta de comunicação dirigida apenas aos associados e que aborda as notícias e informações mais relevantes da Adega e que sejam úteis para os nossos produtores.
O resultado final é o esperado?
O caminho é muito claro: o aumento da qualidade das uvas, bem como o aumento de produção de algumas das melhores castas, como touriga nacional, syrah, arinto. Só com uvas de muita qualidade se faz vinho excecional. Só esse acréscimo de qualidade possibilitou criar novos e melhores vinhos, como já referi. Um maior controlo no tratamento diário das vinhas, a implementação de algumas técnicas novas, entre outros aspetos técnicos que têm sido difundidos pelo Gabinete de Apoio ao Produtor, têm permitido o aumento da qualidade das uvas e o desenvolvimento de novos e melhores produtos.
A adega já comercializa o licoroso, Dª Elvira, DOC e o vinho corrente Vale Quente. Recentemente juntou à gama Lote 44, o Syrah e Reserva. Como tem sido a recetividade a estes novos produtos?
Apesar dos novos vinhos serem ainda muito recentes no mercado, quem já os provou, gosta bastante. Têm sido muito apreciados e recebidos. O interesse demonstrado pelos consumidores tem sido grande. Temos feito a divulgação dos novos vinhos e este é um trabalho que vai ser continuado. Os novos vinhos só vieram reforçar a qualidade já muito comprovada do nosso Lote 44.
A implantação no mercado está a correr como esperado?
Os novos vinhos ainda estão no mercado há pouco tempo, pelo que o crescimento tem sido gradual. A implementação está a correr como esperado, no entanto, os novos produtos ainda têm muito potencial de crescimento, nomeadamente a nível de novos canais de distribuição.
A Adega disponibiliza também as suas instalações para visitas guiadas. Podemos dizer que tem existido um crescente interesse em tudo o que rodeia o vinho?
Cada vez mais as pessoas se interessam pela realização de experiências ao ar livre e relacionadas com o vinho. Cerca de metade dos turistas estrangeiros em Portugal procuram realizar uma experiência de enoturismo durante a sua estadia. Arruda dos Vinhos, pela sua localização privilegiada, a apenas 20 minutos de Lisboa, tem um potencial enorme no aproveitamento do enoturismo. A Adega, pela sua importância e dimensão histórica, não só em termos nacionais, como internacionais, é um ponto importante para a região, como tal uma das nossas fortes apostas é o enoturismo. Disponibilizamos visitas guiadas e provas de vinhos, bem como pacotes organizados à medida, que podem englobar atividades em algumas das vinhas dos nossos associados, incursões pelo património histórico e cultural da região, degustação da melhor gastronomia de Arruda, entre outras experiências, sempre todas ligadas aos vinhos da Adega. Desde que houve uma maior abertura da Adega a receber todas as pessoas que nos queiram conhecer, bem como à realização de eventos, a adesão tem vindo em crescendo, não só em termos de visitas para grupos, como dos turistas individuais: quem vem de passagem e decide parar e conhecer a Adega. As soluções de enoturismo vão sendo construídas à medida de cada pessoa ou grupo, como grupos desportivos, escolas, grupos de interesse de várias matérias, pessoas de todo o país que querem vir até Arruda e conhecer a Adega. Estamos sempre disponíveis para adequar os programas de enoturismo às especificidades de cada grupo.
Andamos sempre em torno da mesma realidade: a excelente qualidade das uvas é fundamental para a excelente qualidade dos vinhos. Por isso foi criado, em 2015, o Gabinete de Apoio ao Produtor, em que qualquer associado pode recorrer no sentido de recolher o máximo de informação possível sobre as técnicas e o melhor modo de trabalhar as suas vinhas com vista ao aumento da qualidade e quantidade de produção. Neste gabinete também encontram apoio técnico, jurídico e fiscal para apresentação de candidaturas a fundos e programas de apoio à agricultura. Temos ainda um engenheiro em permanência que, mediante solicitação dos associados, os acompanha diretamente, deslocando-se inclusive às vinhas para aconselhamento e ajuda à resolução de algum problema que possa surgir. Tudo isto de forma totalmente gratuita para os associados da Adega.
Estamos a falar de grande parte de produtores de uma faixa etária mais velha. Até que ponto aceitaram bem estas novidades?
Não escondemos que possa ser mais fácil implementar as novas técnicas de produção junto dos novos associados da Adega. No entanto, no geral, todos os associados se têm mostrado recetivos à necessidade de melhoria e querem aumentar a qualidade e quantidade das suas produções, uma vez que esse aumento também é vantajoso para eles, significando maior rentabilidade económica. As melhores uvas são pagas a um preço superior, como acontece com qualquer produtor de vinhos, percebendo isso e sendo valorizados pelo esforço do seu trabalho, os produtores têm todo o interesse em mudar o que for necessário para melhorar e evoluir.
Havia um défice de comunicação entre a anterior direção da cooperativa e os produtores. Essa barreira está ultrapassada?
Foram criadas novas formas de comunicação com os associados, desde logo a informação disponibilizada na página do facebook e no site. Também foi criada uma newsletter digital, que qualquer pessoa pode subscrever e que também é enviada para os associados. Paralelamente também enviamos um boletim interno por correio, uma ferramenta de comunicação dirigida apenas aos associados e que aborda as notícias e informações mais relevantes da Adega e que sejam úteis para os nossos produtores.
O resultado final é o esperado?
O caminho é muito claro: o aumento da qualidade das uvas, bem como o aumento de produção de algumas das melhores castas, como touriga nacional, syrah, arinto. Só com uvas de muita qualidade se faz vinho excecional. Só esse acréscimo de qualidade possibilitou criar novos e melhores vinhos, como já referi. Um maior controlo no tratamento diário das vinhas, a implementação de algumas técnicas novas, entre outros aspetos técnicos que têm sido difundidos pelo Gabinete de Apoio ao Produtor, têm permitido o aumento da qualidade das uvas e o desenvolvimento de novos e melhores produtos.
A adega já comercializa o licoroso, Dª Elvira, DOC e o vinho corrente Vale Quente. Recentemente juntou à gama Lote 44, o Syrah e Reserva. Como tem sido a recetividade a estes novos produtos?
Apesar dos novos vinhos serem ainda muito recentes no mercado, quem já os provou, gosta bastante. Têm sido muito apreciados e recebidos. O interesse demonstrado pelos consumidores tem sido grande. Temos feito a divulgação dos novos vinhos e este é um trabalho que vai ser continuado. Os novos vinhos só vieram reforçar a qualidade já muito comprovada do nosso Lote 44.
A implantação no mercado está a correr como esperado?
Os novos vinhos ainda estão no mercado há pouco tempo, pelo que o crescimento tem sido gradual. A implementação está a correr como esperado, no entanto, os novos produtos ainda têm muito potencial de crescimento, nomeadamente a nível de novos canais de distribuição.
A Adega disponibiliza também as suas instalações para visitas guiadas. Podemos dizer que tem existido um crescente interesse em tudo o que rodeia o vinho?
Cada vez mais as pessoas se interessam pela realização de experiências ao ar livre e relacionadas com o vinho. Cerca de metade dos turistas estrangeiros em Portugal procuram realizar uma experiência de enoturismo durante a sua estadia. Arruda dos Vinhos, pela sua localização privilegiada, a apenas 20 minutos de Lisboa, tem um potencial enorme no aproveitamento do enoturismo. A Adega, pela sua importância e dimensão histórica, não só em termos nacionais, como internacionais, é um ponto importante para a região, como tal uma das nossas fortes apostas é o enoturismo. Disponibilizamos visitas guiadas e provas de vinhos, bem como pacotes organizados à medida, que podem englobar atividades em algumas das vinhas dos nossos associados, incursões pelo património histórico e cultural da região, degustação da melhor gastronomia de Arruda, entre outras experiências, sempre todas ligadas aos vinhos da Adega. Desde que houve uma maior abertura da Adega a receber todas as pessoas que nos queiram conhecer, bem como à realização de eventos, a adesão tem vindo em crescendo, não só em termos de visitas para grupos, como dos turistas individuais: quem vem de passagem e decide parar e conhecer a Adega. As soluções de enoturismo vão sendo construídas à medida de cada pessoa ou grupo, como grupos desportivos, escolas, grupos de interesse de várias matérias, pessoas de todo o país que querem vir até Arruda e conhecer a Adega. Estamos sempre disponíveis para adequar os programas de enoturismo às especificidades de cada grupo.
Com várias salas, a adega coloca à disposição as mesmas para a realização de eventos. Essa é uma mais-valia financeira, ou apenas uma mais-valia para dar a conhecer a potencialidade dos seus produtos?
Essencialmente a disponibilização dos espaços, incluindo a sala dos alambiques, é mais uma solução de enoturismo do que uma mais-valia financeira. O que nos moveu para recuperar a sala e os alambiques onde antigamente era produzida a aguardente foi, precisamente, termos mais um espaço magnífico para receber turistas, convidados, eventos… Foi também uma forma de valorizar e devolver dignidade a um dos espaços mais bonitos e históricos da Adega. Para tal, foi montada uma exposição permanente na sala dos alambiques para que todos possam conhecer o caminho trilhado pela Adega desde 1954. Desta mostra fazem parte várias fotografias e recortes de jornais de todas as décadas desde a formação da Adega, bem como vários objetos antigos que fazem parte da história desta instituição.
Sabemos que a sala dos alambiques está concluída. Sabemos igualmente que existe uma grande vontade em embelezar o exterior. Agora que as obras de demolição dos muros começaram, podemos dizer que é o primeiro passo para isso?
A melhoria das nossas instalações, quer em termos de imagem, quer de obras das mais essenciais e necessárias, faz parte da estratégia e é algo quem tem vindo a ser realizado. Com esse objetivo já fizemos várias restaurações, obras, pinturas de interior, recuperação da sala dos alambiques… No exterior, para já, está a acontecer uma intervenção da responsabilidade da autarquia. Toda a zona envolvente da Adega vai beneficiar da ciclovia, espaços verdes e estacionamentos que ali vão ser criados. Será uma mais-valia para esta zona da vila e para a própria Adega, uma vez que vai fazer a ligação ao futuro Parque Urbano de Arruda, tornando toda a área mais atrativa. As pessoas poderão passear a pé e de bicicleta, passando a existir maior proximidade e vontade de conhecer a Adega.
Quanto à vossa loja G. Ela está á entrada da vila e posicionada de forma estratégica. Quais têm sido os resultados?
A Loja G é uma parceria com a Cottage das Cardosas e é um espaço que possibilita a todos os que entram em Arruda ficarem logo a conhecer muitos dos produtos da nossa região, desde logo os nossos vinhos que se complementam com muitos outros artigos gourmet que a loja disponibiliza. É uma loja que tem tido uma grande visibilidade e tem sido do agrado de todos os que a visitam, sejam de Arruda ou de fora. Cada vez mais a loja se posiciona como um “cartão de visita” da própria vila de Arruda, até porque oferece não apenas os nossos vinhos, mas produtos e artigos de muitas pessoas da terra, como artesãos e empreendedores que criaram os seus negócios gourmet, fazendo bem feito e dando a conhecer o que a nossa terra tem de melhor.
Nesta altura natalícia, acredito que exista uma boa gama de produtos a pensar nas prendas de Natal?
Temos vinhos, doçaria regional, compotas, broas, temperos, entre outras iguarias, bem como artesanato e prendas personalizadas. São algumas das ofertas que temos disponíveis. As pessoas também pode trazer a sua ideia ou escolher os produtos de que mais gostam, com os quais fazemos cabazes personalizados.
Há também a loja da própria Adega. Esta também corresponde às espectativas?
A loja própria da adega é um espaço que todas as pessoas gostam de conhecer e visitar, pois aqui é possível conhecer o produtor, ter contacto direto e adquirir logo os produtos. A loja acaba por ser fundamental para uma estratégia de enoturismo, pelo facto de estar inserida nas instalações da própria Adega. Para os residentes e comerciantes de Arruda esta loja sempre foi uma mais-valia e continua a ser, as pessoas preferem vir comprar o vinho diretamente às instalações do produtor.
Quanto ao futuro, que projetos tem a Adega de Arruda dos Vinhos?
Além de tudo o que já foi referido e que tem a ver com a continuação de progredir por um caminho de melhoria da qualidade dos produtos, vamos ter uma grande aposta no enoturismo nos próximos tempos. É uma área que está no início, que ainda tem muito por onde explorar e crescer e o potencial da Adega é enorme. Também temos por objetivo aumento da visibilidade dos nossos vinhos junto do grande público, pelo que as estratégias de comunicação e marketing vão continuar a ser pensadas, desenvolvidas e implementadas. Vamos continuar um trabalho de passos certos e concretos: primeiro há que melhorar a qualidade da matéria prima para depois melhorar a quantidade da mesma e a qualidade do produto final, o vinho. Obviamente pretende-se que esta melhoria se faça sentir em relação aos associados que já fazem parte da Adega, mas também em relação à entrada de novos produtores. A Adega terá também que estar integrada no futuro agro cluster da região. Somos o maior produtor de vinho da região e temos que ser uma referência sempre que se fala de vinho, não só em Arruda, como em toda a região de vinhos de Lisboa. Temos essa ambição e vamos continuar a trabalhar para isso.
Essencialmente a disponibilização dos espaços, incluindo a sala dos alambiques, é mais uma solução de enoturismo do que uma mais-valia financeira. O que nos moveu para recuperar a sala e os alambiques onde antigamente era produzida a aguardente foi, precisamente, termos mais um espaço magnífico para receber turistas, convidados, eventos… Foi também uma forma de valorizar e devolver dignidade a um dos espaços mais bonitos e históricos da Adega. Para tal, foi montada uma exposição permanente na sala dos alambiques para que todos possam conhecer o caminho trilhado pela Adega desde 1954. Desta mostra fazem parte várias fotografias e recortes de jornais de todas as décadas desde a formação da Adega, bem como vários objetos antigos que fazem parte da história desta instituição.
Sabemos que a sala dos alambiques está concluída. Sabemos igualmente que existe uma grande vontade em embelezar o exterior. Agora que as obras de demolição dos muros começaram, podemos dizer que é o primeiro passo para isso?
A melhoria das nossas instalações, quer em termos de imagem, quer de obras das mais essenciais e necessárias, faz parte da estratégia e é algo quem tem vindo a ser realizado. Com esse objetivo já fizemos várias restaurações, obras, pinturas de interior, recuperação da sala dos alambiques… No exterior, para já, está a acontecer uma intervenção da responsabilidade da autarquia. Toda a zona envolvente da Adega vai beneficiar da ciclovia, espaços verdes e estacionamentos que ali vão ser criados. Será uma mais-valia para esta zona da vila e para a própria Adega, uma vez que vai fazer a ligação ao futuro Parque Urbano de Arruda, tornando toda a área mais atrativa. As pessoas poderão passear a pé e de bicicleta, passando a existir maior proximidade e vontade de conhecer a Adega.
Quanto à vossa loja G. Ela está á entrada da vila e posicionada de forma estratégica. Quais têm sido os resultados?
A Loja G é uma parceria com a Cottage das Cardosas e é um espaço que possibilita a todos os que entram em Arruda ficarem logo a conhecer muitos dos produtos da nossa região, desde logo os nossos vinhos que se complementam com muitos outros artigos gourmet que a loja disponibiliza. É uma loja que tem tido uma grande visibilidade e tem sido do agrado de todos os que a visitam, sejam de Arruda ou de fora. Cada vez mais a loja se posiciona como um “cartão de visita” da própria vila de Arruda, até porque oferece não apenas os nossos vinhos, mas produtos e artigos de muitas pessoas da terra, como artesãos e empreendedores que criaram os seus negócios gourmet, fazendo bem feito e dando a conhecer o que a nossa terra tem de melhor.
Nesta altura natalícia, acredito que exista uma boa gama de produtos a pensar nas prendas de Natal?
Temos vinhos, doçaria regional, compotas, broas, temperos, entre outras iguarias, bem como artesanato e prendas personalizadas. São algumas das ofertas que temos disponíveis. As pessoas também pode trazer a sua ideia ou escolher os produtos de que mais gostam, com os quais fazemos cabazes personalizados.
Há também a loja da própria Adega. Esta também corresponde às espectativas?
A loja própria da adega é um espaço que todas as pessoas gostam de conhecer e visitar, pois aqui é possível conhecer o produtor, ter contacto direto e adquirir logo os produtos. A loja acaba por ser fundamental para uma estratégia de enoturismo, pelo facto de estar inserida nas instalações da própria Adega. Para os residentes e comerciantes de Arruda esta loja sempre foi uma mais-valia e continua a ser, as pessoas preferem vir comprar o vinho diretamente às instalações do produtor.
Quanto ao futuro, que projetos tem a Adega de Arruda dos Vinhos?
Além de tudo o que já foi referido e que tem a ver com a continuação de progredir por um caminho de melhoria da qualidade dos produtos, vamos ter uma grande aposta no enoturismo nos próximos tempos. É uma área que está no início, que ainda tem muito por onde explorar e crescer e o potencial da Adega é enorme. Também temos por objetivo aumento da visibilidade dos nossos vinhos junto do grande público, pelo que as estratégias de comunicação e marketing vão continuar a ser pensadas, desenvolvidas e implementadas. Vamos continuar um trabalho de passos certos e concretos: primeiro há que melhorar a qualidade da matéria prima para depois melhorar a quantidade da mesma e a qualidade do produto final, o vinho. Obviamente pretende-se que esta melhoria se faça sentir em relação aos associados que já fazem parte da Adega, mas também em relação à entrada de novos produtores. A Adega terá também que estar integrada no futuro agro cluster da região. Somos o maior produtor de vinho da região e temos que ser uma referência sempre que se fala de vinho, não só em Arruda, como em toda a região de vinhos de Lisboa. Temos essa ambição e vamos continuar a trabalhar para isso.