Câmara de Arruda investe 200 mil euros na rede de água
SA
21-12-2017 às 17:25
O município de Arruda dos Vinhos vai aplicar uma verba cujo valor se situará um pouco acima dos 200 mil euros, nos próximos dois anos, para investimento nas redes de água, tendo em conta que este é o município que regista um maior volume de perdas de água dos concelhos do Oeste, cerca de 50 por cento. O presidente do município refere, em entrevista ao nosso jornal, que esta é uma área que se tem revelado como “um calcanhar de Aquiles” do município, e este investimento na sua opinião não tem paralelo na história mais recente da atividade da Câmara. “Chegamos a um ponto que é fruto de várias décadas de desinvestimento nas redes de água neste setor”, refere. Apesar do investimento de alguma monta, André Rijo garante que pelo menos nos anos mais próximos, a conta da água não vai aumentar além da inflação, embora alerte que o paradigma da água barata já é passado.
O défice tarifário e os prejuízos neste domínio chegam, segundo as contas do autarca, a 300 mil euros por ano, e por isso “é hora de deixar de enterrar a cabeça na areia como a avestruz”. A nível nacional, os melhores exemplos andam nos 12 a 15 por cento de perdas de água. Os prejuízos nesta área no concelho dizem ainda respeito a consumos de água não faturados como de resto vinha acontecendo até esta altura com os bombeiros de Arruda que não tinham contador de água, ou seja “havia ali 250m3 de água por mês que andavam a ser contabilizados como perda, embora não o fossem na realidade”. Nesta altura, a autarquia está a proceder à colocação de contadores nesta associação bem como noutras, mas também nos equipamentos públicos municipais como o pavilhão. Com isto, estes 50 por cento, e só com a colocação dos contadores já poderão baixar para os 45 ou 43 por cento, segundo o autarca.
Contudo o investimento que a Câmara vai lançar para o ano, (e que espera ver aprovado pela assembleia municipal em dezembro), servirá para ações de correção cirúrgica das ruturas nas condutas, nomeadamente, nas zonas rurais, de mais difícil deteção, e que passarão a ser monitorizadas de forma mais eficiente através do sistema da telemetria – “Isto vai permitir que controlemos ao minuto a água que está a entrar no reservatório e a que está a sair, conseguindo seccionar os consumos e a medição da rede”, diz acrescentando que assim será possível “determinarmos em que setores estaremos a perder mais água”. Seguidamente, será elaborado um plano de ação que “nos permita estancar as ruturas onde a ‘hemorragia’ for mais forte e fazer uma caracterização da rede através de um estudo”, ilustra. Substituindo-se por conseguinte as condutas que estiverem danificadas. “Queremos que 2018 seja o ano zero no combate ao desperdício da água”. O autarca traça o objetivo de chegar ao fim do mandato nos 20 a 25 por cento. No final de 2018, o autarca prevê reduzir em cerca de 10 a 15 por cento as perdas na rede, depois da implantação do projeto.
Face a este quadro, o autarca prefere não atirar eventuais culpas deste cenário à possível falta de investimento em alta da extinta empresa intermunicipal “Águas do Oeste” mas sobretudo ao município, porque “como sabemos este tipo de obras nem sempre são rentáveis do ponto de vista político leia-se votos”.
O autarca refere que esta foi sobretudo uma opção política de direcionar o investimento para esta área nos dois primeiros anos de mandato. Apesar de integralmente suportado pelo município, no futuro a Câmara espera que a União Europeia liberte verbas do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), “mas só o fará se antes houver investimento”.
Em 2018, garante o autarca, o tarifário será atualizado apenas na sua componente variável, à taxa de inflação estimada para o ano que vem que será de 1,4 por cento segundo o Orçamento de Estado. As componentes fixas da fatura que chega a casa do cidadão serão mantidas.
Em perspetiva estará a criação de uma empresa intermunicipal para a gestão da água, depois de falhado o modelo da Águas do Oeste. André Rijo é entusiasta da ideia, a par com outros municípios da região. Outros ainda não estarão motivados. A procura de escalas será um dos motivos que poderá alavancar a constituição dessa empresa.
Numa das últimas reuniões de Câmara foi ainda aprovada por unanimidade uma recomendação do vereador da oposição PSD, Luís Rodrigues, tendo em conta a necessidade de poupança de água, possíveis soluções, e a necessidade de obras. Parte desses objetivos já tinham sido traçados pelo executivo que nessa mesma reunião deu a conhecer os projetos em curso.
O défice tarifário e os prejuízos neste domínio chegam, segundo as contas do autarca, a 300 mil euros por ano, e por isso “é hora de deixar de enterrar a cabeça na areia como a avestruz”. A nível nacional, os melhores exemplos andam nos 12 a 15 por cento de perdas de água. Os prejuízos nesta área no concelho dizem ainda respeito a consumos de água não faturados como de resto vinha acontecendo até esta altura com os bombeiros de Arruda que não tinham contador de água, ou seja “havia ali 250m3 de água por mês que andavam a ser contabilizados como perda, embora não o fossem na realidade”. Nesta altura, a autarquia está a proceder à colocação de contadores nesta associação bem como noutras, mas também nos equipamentos públicos municipais como o pavilhão. Com isto, estes 50 por cento, e só com a colocação dos contadores já poderão baixar para os 45 ou 43 por cento, segundo o autarca.
Contudo o investimento que a Câmara vai lançar para o ano, (e que espera ver aprovado pela assembleia municipal em dezembro), servirá para ações de correção cirúrgica das ruturas nas condutas, nomeadamente, nas zonas rurais, de mais difícil deteção, e que passarão a ser monitorizadas de forma mais eficiente através do sistema da telemetria – “Isto vai permitir que controlemos ao minuto a água que está a entrar no reservatório e a que está a sair, conseguindo seccionar os consumos e a medição da rede”, diz acrescentando que assim será possível “determinarmos em que setores estaremos a perder mais água”. Seguidamente, será elaborado um plano de ação que “nos permita estancar as ruturas onde a ‘hemorragia’ for mais forte e fazer uma caracterização da rede através de um estudo”, ilustra. Substituindo-se por conseguinte as condutas que estiverem danificadas. “Queremos que 2018 seja o ano zero no combate ao desperdício da água”. O autarca traça o objetivo de chegar ao fim do mandato nos 20 a 25 por cento. No final de 2018, o autarca prevê reduzir em cerca de 10 a 15 por cento as perdas na rede, depois da implantação do projeto.
Face a este quadro, o autarca prefere não atirar eventuais culpas deste cenário à possível falta de investimento em alta da extinta empresa intermunicipal “Águas do Oeste” mas sobretudo ao município, porque “como sabemos este tipo de obras nem sempre são rentáveis do ponto de vista político leia-se votos”.
O autarca refere que esta foi sobretudo uma opção política de direcionar o investimento para esta área nos dois primeiros anos de mandato. Apesar de integralmente suportado pelo município, no futuro a Câmara espera que a União Europeia liberte verbas do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), “mas só o fará se antes houver investimento”.
Em 2018, garante o autarca, o tarifário será atualizado apenas na sua componente variável, à taxa de inflação estimada para o ano que vem que será de 1,4 por cento segundo o Orçamento de Estado. As componentes fixas da fatura que chega a casa do cidadão serão mantidas.
Em perspetiva estará a criação de uma empresa intermunicipal para a gestão da água, depois de falhado o modelo da Águas do Oeste. André Rijo é entusiasta da ideia, a par com outros municípios da região. Outros ainda não estarão motivados. A procura de escalas será um dos motivos que poderá alavancar a constituição dessa empresa.
Numa das últimas reuniões de Câmara foi ainda aprovada por unanimidade uma recomendação do vereador da oposição PSD, Luís Rodrigues, tendo em conta a necessidade de poupança de água, possíveis soluções, e a necessidade de obras. Parte desses objetivos já tinham sido traçados pelo executivo que nessa mesma reunião deu a conhecer os projetos em curso.
Câmara procura ter novo posto de abastecimento ao concelho
Ciclicamente o concelho de Arruda tem ficado várias horas sem abastecimento de água. Isso aconteceu recentemente já este ano, motivando uma onda de insatisfação entre a população. O autarca critica a EPAL neste domínio, mas adianta que no seguimento da reunião tida aquando da falta de água ocorrida no verão “já estamos a trabalhar no sentido de poder haver mais uma entrada de água no sistema através do reservatório dos Moinhos do Céu, conduta adutora que também vai para Torres Vedras e que serve ainda o Sobral de Monte Agraço”.
A Câmara e a EPAL estão a trabalhar para levarem a cabo algumas intervenções neste que se perspetiva seja o novo ponto de abastecimento, “e assim ganharmos mais alguma autonomia”. Para além desta intervenção, será necessário ainda operar no reservatório do Barreiro (Arruda) e na sua melhoria. “O objetivo será sobretudo termos mais uma entrada em alta no concelho de modo a não dependermos unicamente do abastecimento vindo da conduta do Castanheira do Ribatejo, construída em fibra de vidro” que estará a atingir o seu período de vida útil.
Pontapé de saída na obra do emissário de A-do-Baço
Em reunião da Assembleia Municipal, André Rijo falava na rede de saneamento de A-do-Baço, e do lançamento da primeira pedra da ocorrido a 16 de dezembro. Para o autarca tratou-se de "um momento histórico” que contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins “que teve um papel muito importante neste processo”. Decorrerá, agora, um período de 365 dias para a construção do emissário, que depois de concluída permitirá por fim o tratamento integral dos esgotos em localidades como A-do-Baço, Alcobela de Baixo, Alcobela de Cima, Carvalhal.
Em 2013, a percentagem de cobertura da rede de saneamento básico no concelho era de 35 por cento. No final deste ano a cobertura será de 70 por cento (ainda sem a obra acima referida) tendo em conta o investimento com a nova estrutura em alta – Águas do Tejo Atlântico para a ETAR de S. Tiago dos Velhos e ETAR compacta de A-dos-Arcos e a ligação de A-do-Barriga, Zona Industrial das Corredouras, zona urbana das Corredouras, e Cardosas à ETAR de Arruda dos Vinhos. “Em quatro anos duplicámos o tratamento dos esgotos no nosso concelho”.
Em conjunto com a entidade em alta para o saneamento, a Câmara de Arruda está a estudar a forma de dotar as pequenas comunidades de uma solução limpa e ecológica para o tratamento dos esgotos que passe antes por uma ETAR compacta (mini ETAR) , como de resto já acontece na de A-dos-Arcos que deverá ser replicado em localidades como Antas, Camondes, Quinta da Serra, Tesoureira.
Ciclicamente o concelho de Arruda tem ficado várias horas sem abastecimento de água. Isso aconteceu recentemente já este ano, motivando uma onda de insatisfação entre a população. O autarca critica a EPAL neste domínio, mas adianta que no seguimento da reunião tida aquando da falta de água ocorrida no verão “já estamos a trabalhar no sentido de poder haver mais uma entrada de água no sistema através do reservatório dos Moinhos do Céu, conduta adutora que também vai para Torres Vedras e que serve ainda o Sobral de Monte Agraço”.
A Câmara e a EPAL estão a trabalhar para levarem a cabo algumas intervenções neste que se perspetiva seja o novo ponto de abastecimento, “e assim ganharmos mais alguma autonomia”. Para além desta intervenção, será necessário ainda operar no reservatório do Barreiro (Arruda) e na sua melhoria. “O objetivo será sobretudo termos mais uma entrada em alta no concelho de modo a não dependermos unicamente do abastecimento vindo da conduta do Castanheira do Ribatejo, construída em fibra de vidro” que estará a atingir o seu período de vida útil.
Pontapé de saída na obra do emissário de A-do-Baço
Em reunião da Assembleia Municipal, André Rijo falava na rede de saneamento de A-do-Baço, e do lançamento da primeira pedra da ocorrido a 16 de dezembro. Para o autarca tratou-se de "um momento histórico” que contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins “que teve um papel muito importante neste processo”. Decorrerá, agora, um período de 365 dias para a construção do emissário, que depois de concluída permitirá por fim o tratamento integral dos esgotos em localidades como A-do-Baço, Alcobela de Baixo, Alcobela de Cima, Carvalhal.
Em 2013, a percentagem de cobertura da rede de saneamento básico no concelho era de 35 por cento. No final deste ano a cobertura será de 70 por cento (ainda sem a obra acima referida) tendo em conta o investimento com a nova estrutura em alta – Águas do Tejo Atlântico para a ETAR de S. Tiago dos Velhos e ETAR compacta de A-dos-Arcos e a ligação de A-do-Barriga, Zona Industrial das Corredouras, zona urbana das Corredouras, e Cardosas à ETAR de Arruda dos Vinhos. “Em quatro anos duplicámos o tratamento dos esgotos no nosso concelho”.
Em conjunto com a entidade em alta para o saneamento, a Câmara de Arruda está a estudar a forma de dotar as pequenas comunidades de uma solução limpa e ecológica para o tratamento dos esgotos que passe antes por uma ETAR compacta (mini ETAR) , como de resto já acontece na de A-dos-Arcos que deverá ser replicado em localidades como Antas, Camondes, Quinta da Serra, Tesoureira.