Dívidas à Caixa Geral de Aposentações dominaram mandato de Graça Dinis na junta de Arruda
“Se soubesse da situação não tinha tomado posse”
MAR
26-02-2017 às 11:56
A Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos conseguiu reduzir parte da dívida de cerca de 140 mil euros à Caixa geral de Aposentações. Em causa está a prescrição parcial da dívida, tendo em conta um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo.
Este foi um processo longo e demorado, e que deixou praticamente de “mãos atadas” o executivo da junta de freguesia presidido por Graça Dinis.
Em entrevista exclusiva ao Jornal O Chafariz, Graça Dinis refere que o processo foi desgastante ao nível pessoal e profissional, tendo afetado todo um trabalho planeado para estes últimos quatro anos, nomeadamente, ao nível social, área em que a presidente da junta afirma existir algum trabalho a fazer na freguesia.
Esta é uma situação complexa em que recorde-se: o antigo presidente da junta alegou ao executivo eleito em 2013 nunca ter tido conhecimento desta dívida, e com a atual autarca a tentar perceber o que se passou na realidade.
Graça Dinis soube da dívida pouco tempo antes de tomar posse, ainda assim optou por não desistir, embora não tendo à época conhecimento da totalidade dos problemas que advieram dessa situação.
A autarca salienta entretanto que “se soubesse que a situação era tão delicada não tinha tomado posse”. No entanto e embora tenha conseguido lidar com a situação, “hoje faria as coisas de forma diferente”. “Ponderava mais algumas situações”.
Graça Dinis salienta que a informação de que dispunha relacionava-se com os descontos feitos aos funcionários “que nunca entraram na Caixa Geral de Aposentações” apesar dos respetivos descontos dos ordenados terem sido sempre incluídos nas contas da autarquia, e para apurar isso foi entregue esse processo ao Ministério Público, refere a autarca que vinca a gravidade do mesmo, não querendo especificar mais.
A atual autarca já anunciou que não se recandidata à junta e por isso acredita que este processo prolongar-se-á depois da sua saída mas garante: “Continuarei a acompanhá-lo”.
Os últimos quatro anos foram difíceis para o dia-a-dia da junta. A autarca explica que há cerca de seis meses que não recebe quaisquer verbas, e para gerir a junta Graça Dinis recorre-se de um fundo de maneio que conseguiu juntar antes que verbas a que a junta tem direito por força da lei ficassem retidas à ordem das Finanças.
Graça Dinis salienta que muito ficou por fazer neste quatro anos, e que agora com a boa notícia de que a dívida foi reduzida, só espera conhecer o valor final para poder negociar a mesma. Segundo a autarca, depois de prescrito parcialmente este processo, onde o valor inicial rondava os cerca de 140 mil euros, a junta vai pagar apenas cerca de 50 mil euros, valor que corresponde aos últimos cinco anos.
A autarca lembra que a meio do mandato, a junta alegou a prescrição deste processo “mas perdemos em tribunal”. A chegada desta notícia alivia a vida da junta de freguesia “mas foram anos de lutas muito difíceis”. Agora a autarca só quer começar a pagar a dívida “o mais depressa possível”. “Porque a vida continua”, refere explicando que ainda existem situações por resolver e que provavelmente a junta ainda poderá ser ressarcida de outros pagamento que fez nos últimos anos.
Agora Graça Dinis refere que a junta quer acabar a obra de recuperação de alguns caminhos. São cerca de 75 quilómetros que a autarquia pretende recuperar até ao fim do mandato. A juntar a isto encontra-se a necessidade de recuperar alguns fontanários “que com a ajuda da Câmara queremos efetuar”, refere Graça Dinis que frisa o bom entendimento com o município e a compreensão do momento que a junta atravessou.
Quanto aos fregueses, a autarca refere que “sempre perceberam a situação”. “As pessoas sempre souberam que não tínhamos dinheiro” e por isso declara-se “grata á população” que “entendeu sempre o que estávamos a passar”.
Ameaças de Morte a Graça Dinis
A presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos sofreu no início do mandato ameaças de morte. Foram sobretudo SMS’s para o seu telefone pessoal de um número que era identificado “mas que fiz questão de apagar”.
Graça Dinis refere que só o marido soube desta situação e garante que isso nunca a demoveu de fazer o seu trabalho.
Ao Jornal O Chafariz, a autarca conta que o apoio da família foi muito importante. A autarca refere que saía de madrugada por volta das duas da manhã da junta, mas assegura: “Nunca fui medrosa”.
Graça Dinis salienta que se sente mais velha e todo este processo levou a que “ganhasse rugas” e muitas dores de cabeça.
Ainda hoje a autarca diz que não sabe quem a ameaçou, mas tudo se iniciou “quando começámos a levantar o véu”. Nessa altura “foi complicado mas nunca fui à GNR. Achei, muito sinceramente, que era para me amedrontar para não darmos continuidade ao trabalho”, refere Graça Dinis que assegura deixar agora a casa organizada, agradecendo aos funcionários, em especial ao contabilista que a ajudou em todo este processo.
Este foi um processo longo e demorado, e que deixou praticamente de “mãos atadas” o executivo da junta de freguesia presidido por Graça Dinis.
Em entrevista exclusiva ao Jornal O Chafariz, Graça Dinis refere que o processo foi desgastante ao nível pessoal e profissional, tendo afetado todo um trabalho planeado para estes últimos quatro anos, nomeadamente, ao nível social, área em que a presidente da junta afirma existir algum trabalho a fazer na freguesia.
Esta é uma situação complexa em que recorde-se: o antigo presidente da junta alegou ao executivo eleito em 2013 nunca ter tido conhecimento desta dívida, e com a atual autarca a tentar perceber o que se passou na realidade.
Graça Dinis soube da dívida pouco tempo antes de tomar posse, ainda assim optou por não desistir, embora não tendo à época conhecimento da totalidade dos problemas que advieram dessa situação.
A autarca salienta entretanto que “se soubesse que a situação era tão delicada não tinha tomado posse”. No entanto e embora tenha conseguido lidar com a situação, “hoje faria as coisas de forma diferente”. “Ponderava mais algumas situações”.
Graça Dinis salienta que a informação de que dispunha relacionava-se com os descontos feitos aos funcionários “que nunca entraram na Caixa Geral de Aposentações” apesar dos respetivos descontos dos ordenados terem sido sempre incluídos nas contas da autarquia, e para apurar isso foi entregue esse processo ao Ministério Público, refere a autarca que vinca a gravidade do mesmo, não querendo especificar mais.
A atual autarca já anunciou que não se recandidata à junta e por isso acredita que este processo prolongar-se-á depois da sua saída mas garante: “Continuarei a acompanhá-lo”.
Os últimos quatro anos foram difíceis para o dia-a-dia da junta. A autarca explica que há cerca de seis meses que não recebe quaisquer verbas, e para gerir a junta Graça Dinis recorre-se de um fundo de maneio que conseguiu juntar antes que verbas a que a junta tem direito por força da lei ficassem retidas à ordem das Finanças.
Graça Dinis salienta que muito ficou por fazer neste quatro anos, e que agora com a boa notícia de que a dívida foi reduzida, só espera conhecer o valor final para poder negociar a mesma. Segundo a autarca, depois de prescrito parcialmente este processo, onde o valor inicial rondava os cerca de 140 mil euros, a junta vai pagar apenas cerca de 50 mil euros, valor que corresponde aos últimos cinco anos.
A autarca lembra que a meio do mandato, a junta alegou a prescrição deste processo “mas perdemos em tribunal”. A chegada desta notícia alivia a vida da junta de freguesia “mas foram anos de lutas muito difíceis”. Agora a autarca só quer começar a pagar a dívida “o mais depressa possível”. “Porque a vida continua”, refere explicando que ainda existem situações por resolver e que provavelmente a junta ainda poderá ser ressarcida de outros pagamento que fez nos últimos anos.
Agora Graça Dinis refere que a junta quer acabar a obra de recuperação de alguns caminhos. São cerca de 75 quilómetros que a autarquia pretende recuperar até ao fim do mandato. A juntar a isto encontra-se a necessidade de recuperar alguns fontanários “que com a ajuda da Câmara queremos efetuar”, refere Graça Dinis que frisa o bom entendimento com o município e a compreensão do momento que a junta atravessou.
Quanto aos fregueses, a autarca refere que “sempre perceberam a situação”. “As pessoas sempre souberam que não tínhamos dinheiro” e por isso declara-se “grata á população” que “entendeu sempre o que estávamos a passar”.
Ameaças de Morte a Graça Dinis
A presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos sofreu no início do mandato ameaças de morte. Foram sobretudo SMS’s para o seu telefone pessoal de um número que era identificado “mas que fiz questão de apagar”.
Graça Dinis refere que só o marido soube desta situação e garante que isso nunca a demoveu de fazer o seu trabalho.
Ao Jornal O Chafariz, a autarca conta que o apoio da família foi muito importante. A autarca refere que saía de madrugada por volta das duas da manhã da junta, mas assegura: “Nunca fui medrosa”.
Graça Dinis salienta que se sente mais velha e todo este processo levou a que “ganhasse rugas” e muitas dores de cabeça.
Ainda hoje a autarca diz que não sabe quem a ameaçou, mas tudo se iniciou “quando começámos a levantar o véu”. Nessa altura “foi complicado mas nunca fui à GNR. Achei, muito sinceramente, que era para me amedrontar para não darmos continuidade ao trabalho”, refere Graça Dinis que assegura deixar agora a casa organizada, agradecendo aos funcionários, em especial ao contabilista que a ajudou em todo este processo.