Linhas de Torres adquirem estatuto de monumento nacional
MAR
06-04-2019 às 13:01
As Linhas de Torres já são monumento nacional. O Conselho de Ministros aprovou, no dia 14 de março, o decreto que classifica como monumento nacional os fortes e estradas militares construídos há mais de 200 anos para defender Lisboa das invasões francesas, que integram as chamadas Linhas de Torres Vedras. Arruda dos Vinhos que integrou essa rede militar criada há dois séculos tem razões para sentir orgulho nesta declaração há muito esperada. No território concelhio podemos encontrar os fortes do Cego e da Carvalha.
“Foi aprovado o decreto que classifica como monumento nacional o conjunto das primeiras e segundas Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres Vedras", refere o comunicado do Conselho de Ministros.
André Rijo, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, ao nosso jornal salienta que a responsabilidade na sua preservação redobra, até porque muito recentemente aquele património foi alvo de vandalismo. A estratégia é de valorização dos fortes existentes no concelho, promovendo, igualmente, a componente turística associada. O autarca refere a possibilidade da sua promoção em mercados como o inglês, com a apresentação da passagem do general Wellington pelo país e a marca profunda que deixou. André Rijo espera que o Brexit não comprometa as ambições de divulgação turística de Portugal junto dos turistas ingleses que todos os dias chegam a Portugal. Vender o território como um todo, Arruda e os restantes concelhos que integram as Linhas de Torres, será o objetivo.
Para o Governo, a intenção desta classificação assenta na preservação física da memória material e imaterial deste sistema defensivo, reconhecendo, entre outros critérios, “o génio do respetivo criador e o interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos".
A classificação como monumento nacional foi proposta há um ano ao Governo pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). Com esta classificação vai ser criada uma zona especial de proteção em volta de cada uma das estruturas. Desde há oito anos que Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres, que integra as câmaras de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, reclamava a inclusão do património no inventário do património nacional.
"As Linhas de Torres são um sistema defensivo - muito bem-sucedido - de dimensão e impacto histórico invulgar, nacional e internacionalmente", refere o parecer da DGPC, pois "sintetizam a capacidade estratégica de Wellington e os saberes militares de origem inglesa, portuguesa, mas, também, francesa do fim do século XVIII e do início do século XIX".
As Linhas de Torres Vedras foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas aquando das invasões francesas, para defender o país das tropas de Napoleão entre 1807 e 1814, durante a Guerra Peninsular.
Em 2010, altura em que se comemoraram os 200 anos da construção das Linhas de Torres, foram inauguradas obras de recuperação a que foram sujeita, e Centros de Interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros. Em 2014, a empreitada de desmatação, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prémio Europa Nostra, na categoria "Conservação". A Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres. As Linhas de Torres recebem por ano cerca de 10 mil visitantes.
“Foi aprovado o decreto que classifica como monumento nacional o conjunto das primeiras e segundas Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres Vedras", refere o comunicado do Conselho de Ministros.
André Rijo, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, ao nosso jornal salienta que a responsabilidade na sua preservação redobra, até porque muito recentemente aquele património foi alvo de vandalismo. A estratégia é de valorização dos fortes existentes no concelho, promovendo, igualmente, a componente turística associada. O autarca refere a possibilidade da sua promoção em mercados como o inglês, com a apresentação da passagem do general Wellington pelo país e a marca profunda que deixou. André Rijo espera que o Brexit não comprometa as ambições de divulgação turística de Portugal junto dos turistas ingleses que todos os dias chegam a Portugal. Vender o território como um todo, Arruda e os restantes concelhos que integram as Linhas de Torres, será o objetivo.
Para o Governo, a intenção desta classificação assenta na preservação física da memória material e imaterial deste sistema defensivo, reconhecendo, entre outros critérios, “o génio do respetivo criador e o interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos".
A classificação como monumento nacional foi proposta há um ano ao Governo pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). Com esta classificação vai ser criada uma zona especial de proteção em volta de cada uma das estruturas. Desde há oito anos que Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres, que integra as câmaras de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, reclamava a inclusão do património no inventário do património nacional.
"As Linhas de Torres são um sistema defensivo - muito bem-sucedido - de dimensão e impacto histórico invulgar, nacional e internacionalmente", refere o parecer da DGPC, pois "sintetizam a capacidade estratégica de Wellington e os saberes militares de origem inglesa, portuguesa, mas, também, francesa do fim do século XVIII e do início do século XIX".
As Linhas de Torres Vedras foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas aquando das invasões francesas, para defender o país das tropas de Napoleão entre 1807 e 1814, durante a Guerra Peninsular.
Em 2010, altura em que se comemoraram os 200 anos da construção das Linhas de Torres, foram inauguradas obras de recuperação a que foram sujeita, e Centros de Interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros. Em 2014, a empreitada de desmatação, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prémio Europa Nostra, na categoria "Conservação". A Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres. As Linhas de Torres recebem por ano cerca de 10 mil visitantes.