Opinião Casimiro Ramos: Será que o Homem foi mesmo à Lua?
13-08-2019 às 11:13
Desde há 50 anos, quando Neil Armstrong “pisou” a Lua a 21 de julho de 1969 e deixou a pegada do feito indiscutivelmente histórico para a humanidade, que houve céticos e posteriormente especialistas de várias áreas, que colocam em dúvida se isso efetivamente aconteceu.
Recordo, que o meu pai se manifestava com indignação contra esse ceticismo, porque ele (tal como eu) tínhamos visto as imagens na televisão e para comprovar isso, acrescentava a seguinte frase: desde que o homem foi à Lua, isto ficou tudo desorganizado.
E nesta frase, verdade ou coincidência, podemos encontrar as grandes mudanças, a todos os níveis, que ocorreram em 50 anos, dos 400 milhões de anos da humanidade.
Nessa altura, acreditávamos na maioria das coisas que víamos na televisão e no que saía nas notícias. Hoje, a maioria do que vemos e ouvimos nas notícias ou é uma novela, ou é uma fake news. O sistema ambiental e ecológico do planeta sofreu alterações e adaptações ao longo dos milhões de anos de existência. Mas em 50 anos, as estações do ano passaram a ser vividas dia sim, dia não. Desaparecem espécies de aves e de todo o tipo de mamíferos e surgem novos insetos e micróbios.
Existiam 5 continentes e agora são 6. O sexto continente é uma ilha de plástico no Pacifico Norte, cerca de 17 vezes maior que Portugal. Combate-se o consumo do plástico, não produzindo cotonetes. Mas quase ninguém dispensa o ar condicionado nas casas e nos carros, equipamentos fabricados com materiais em plásticos e cujo gás é o principal responsável pelo efeito estufa.
Quem for apanhado pela polícia sem ter ido com o carro à inspeção paga 200 euros de multa. Mas, circulam milhares de carros por dia que deitam mais fumo do que uma cafeteira a ferver num lume a lenha e não são multados, nem é proibida a sua circulação.
Os delinquentes fazem festanças na cadeia, ou nem lá chegam a entrar. Os manifestantes batem em polícias. E, os polícias ou fogem ou são presos por excesso de exercício da autoridade.
Os traços contínuos nas estradas são um desperdício de dinheiro em tinta, porque quase ninguém os respeita e os “pisca-piscas” são uma espécie de “opção” do carro para os condutores em geral. Os pais educavam as crianças (o melhor que sabiam ou podiam) e agora as crianças mandam nos Pais, nos avós e são os Reis da verdade. Os pais brincam com os jogos das crianças e as crianças vivem como adultos em concursos para serem os melhores cozinheiros ou cantores do mundo.
Para almoçar, se havia birra acabava-se o almoço. Agora vai-se ao MacDonalds e espera-se que a criança termine o jogo do Tablet enquanto vai comendo batatas fritas, um Hambúrguer e molhos, tanto quanto justifique para que se explique a obesidade excessiva da criança.
Antes, de facto a obesidade das crianças não era um problema, porque os pais tinham de ir à rua buscar as crianças, por um braço, para virem para casa. Agora, têm de as puxar pelo braço para as levar a um jardim para brincarem.
É refeita a roda dos alimentos, o vinho deixa de integrar essa lista, porque claro nas Hamburguerias, não há vinho e esse bebe-se à noite misturado com outras substâncias dentro de uma garrafa de litro e meio enquanto se vai para a discoteca.
Ao que parece, tudo por uma alimentação saudável e para sairmos da posição de principais consumidores de bebidas alcoólicas do mundo.
O que antes era orgulho, hoje é vergonha ou sinal de quem não acompanha a evolução dos tempos.
Quem não foge aos impostos, já não é considerado pela sociedade como um cidadão honesto, mas sim como um parvo.
Quem leva uma conduta séria na vida pública, é catalogado de corrupto e interesseiro, porque afinal são esses os exemplos que se veem ou ouvem todos os dias.
Se havia uma catástrofe que implicava uma ação de solidariedade nacional, o mundo inteiro se disponha a ajudar. Do mais rico ao mais pobre todos procuravam contribuir. Agora, todos se questionam se o devem fazer, porque a probabilidade de utilização fraudulenta dos donativos e aproveitamento da bondade dos outros são os exemplos que temos mais presentes.
Quando havia um fogo, os bombeiros procuravam apagá-lo protegendo as pessoas e os seus bens. Agora dizem-lhes para tirar as pessoas de casa e deixar arder. Nos incêndios das últimas semanas de julho distribuíram pelos bombeiros máscaras e coletes para proteção do fogo. Mas, afinal são de material inflamável. Ou seja, em vez de lhes salvar a vida podia ter-lhes sido fatal.
As Instituições de solidariedade social existiam para ajudar os necessitados. Hoje existem porque dão postos de trabalho e cargos diretivos remunerados.
As máquinas e equipamentos eletrónicos eram instrumentos de trabalho, agora trabalhamos para as máquinas e estamos instrumentalizados por elas.
Antes, quem fugiu a uma guerra, que não era na sua terra, e foi para a França ou para a Suíça, era considerado emigrante ilegal. Agora é considerado um refugiado. Os que andaram na guerra numa terra que não era a sua, vivem com parcos meios e pouco reconhecimento. Hoje os que vão para a guerra numa terra que não é a sua, recebem uma comissão choruda e são considerados heróis.
Antes, aquele que poderia compreender e aceitar a homossexualidade, facilmente era considerado "diferente ". Agora, parece que se não é suficientemente diferente para ser bissexual: rapidamente poderá ser considerado xenófobo.
E tudo isto e muito mais se modificou, somente, em 50 anos. O meu pai dizia-me muita vez: um dia dar-me-ás razão.
Se calhar ele tinha razão. E, às tantas, começo a acreditar que desde que o homem foi à Lua, o mundo ficou todo desorganizado ou, na verdade, a evolução do mundo é sempre vista de uma forma apressada, à medida que ficamos mais velhos.
Recordo, que o meu pai se manifestava com indignação contra esse ceticismo, porque ele (tal como eu) tínhamos visto as imagens na televisão e para comprovar isso, acrescentava a seguinte frase: desde que o homem foi à Lua, isto ficou tudo desorganizado.
E nesta frase, verdade ou coincidência, podemos encontrar as grandes mudanças, a todos os níveis, que ocorreram em 50 anos, dos 400 milhões de anos da humanidade.
Nessa altura, acreditávamos na maioria das coisas que víamos na televisão e no que saía nas notícias. Hoje, a maioria do que vemos e ouvimos nas notícias ou é uma novela, ou é uma fake news. O sistema ambiental e ecológico do planeta sofreu alterações e adaptações ao longo dos milhões de anos de existência. Mas em 50 anos, as estações do ano passaram a ser vividas dia sim, dia não. Desaparecem espécies de aves e de todo o tipo de mamíferos e surgem novos insetos e micróbios.
Existiam 5 continentes e agora são 6. O sexto continente é uma ilha de plástico no Pacifico Norte, cerca de 17 vezes maior que Portugal. Combate-se o consumo do plástico, não produzindo cotonetes. Mas quase ninguém dispensa o ar condicionado nas casas e nos carros, equipamentos fabricados com materiais em plásticos e cujo gás é o principal responsável pelo efeito estufa.
Quem for apanhado pela polícia sem ter ido com o carro à inspeção paga 200 euros de multa. Mas, circulam milhares de carros por dia que deitam mais fumo do que uma cafeteira a ferver num lume a lenha e não são multados, nem é proibida a sua circulação.
Os delinquentes fazem festanças na cadeia, ou nem lá chegam a entrar. Os manifestantes batem em polícias. E, os polícias ou fogem ou são presos por excesso de exercício da autoridade.
Os traços contínuos nas estradas são um desperdício de dinheiro em tinta, porque quase ninguém os respeita e os “pisca-piscas” são uma espécie de “opção” do carro para os condutores em geral. Os pais educavam as crianças (o melhor que sabiam ou podiam) e agora as crianças mandam nos Pais, nos avós e são os Reis da verdade. Os pais brincam com os jogos das crianças e as crianças vivem como adultos em concursos para serem os melhores cozinheiros ou cantores do mundo.
Para almoçar, se havia birra acabava-se o almoço. Agora vai-se ao MacDonalds e espera-se que a criança termine o jogo do Tablet enquanto vai comendo batatas fritas, um Hambúrguer e molhos, tanto quanto justifique para que se explique a obesidade excessiva da criança.
Antes, de facto a obesidade das crianças não era um problema, porque os pais tinham de ir à rua buscar as crianças, por um braço, para virem para casa. Agora, têm de as puxar pelo braço para as levar a um jardim para brincarem.
É refeita a roda dos alimentos, o vinho deixa de integrar essa lista, porque claro nas Hamburguerias, não há vinho e esse bebe-se à noite misturado com outras substâncias dentro de uma garrafa de litro e meio enquanto se vai para a discoteca.
Ao que parece, tudo por uma alimentação saudável e para sairmos da posição de principais consumidores de bebidas alcoólicas do mundo.
O que antes era orgulho, hoje é vergonha ou sinal de quem não acompanha a evolução dos tempos.
Quem não foge aos impostos, já não é considerado pela sociedade como um cidadão honesto, mas sim como um parvo.
Quem leva uma conduta séria na vida pública, é catalogado de corrupto e interesseiro, porque afinal são esses os exemplos que se veem ou ouvem todos os dias.
Se havia uma catástrofe que implicava uma ação de solidariedade nacional, o mundo inteiro se disponha a ajudar. Do mais rico ao mais pobre todos procuravam contribuir. Agora, todos se questionam se o devem fazer, porque a probabilidade de utilização fraudulenta dos donativos e aproveitamento da bondade dos outros são os exemplos que temos mais presentes.
Quando havia um fogo, os bombeiros procuravam apagá-lo protegendo as pessoas e os seus bens. Agora dizem-lhes para tirar as pessoas de casa e deixar arder. Nos incêndios das últimas semanas de julho distribuíram pelos bombeiros máscaras e coletes para proteção do fogo. Mas, afinal são de material inflamável. Ou seja, em vez de lhes salvar a vida podia ter-lhes sido fatal.
As Instituições de solidariedade social existiam para ajudar os necessitados. Hoje existem porque dão postos de trabalho e cargos diretivos remunerados.
As máquinas e equipamentos eletrónicos eram instrumentos de trabalho, agora trabalhamos para as máquinas e estamos instrumentalizados por elas.
Antes, quem fugiu a uma guerra, que não era na sua terra, e foi para a França ou para a Suíça, era considerado emigrante ilegal. Agora é considerado um refugiado. Os que andaram na guerra numa terra que não era a sua, vivem com parcos meios e pouco reconhecimento. Hoje os que vão para a guerra numa terra que não é a sua, recebem uma comissão choruda e são considerados heróis.
Antes, aquele que poderia compreender e aceitar a homossexualidade, facilmente era considerado "diferente ". Agora, parece que se não é suficientemente diferente para ser bissexual: rapidamente poderá ser considerado xenófobo.
E tudo isto e muito mais se modificou, somente, em 50 anos. O meu pai dizia-me muita vez: um dia dar-me-ás razão.
Se calhar ele tinha razão. E, às tantas, começo a acreditar que desde que o homem foi à Lua, o mundo ficou todo desorganizado ou, na verdade, a evolução do mundo é sempre vista de uma forma apressada, à medida que ficamos mais velhos.