Os novos caminhos da Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos
M. Rodrigues
22-08-2016 às 18:35
22-08-2016 às 18:35
Fundada nos anos 50 por um grupo de produtores locais, a Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos prepara-se agora para novos desafios. O mercado está cada vez mais competitivo e Márcio Pereira, o presidente da adega, diz estar a preparar o futuro.
Eleito há cerca de um ano, Márcio Pereira, quase que deixou a advocacia para se dedicar “de corpo e alma “ a este projeto. Como ele próprio refere ao Valor Local “isto tem de ser gerido como uma empresa” e é nisso que tem apostado.
A ideia é profissionalizar o mais possível a adega e os seus produtos. Márcio Pereira vinca que isso é determinante para o mercado competitivo em que a adega se move, sobretudo depois da adesão à União Europeia e esse é um verdadeiro desafio para os produtores locais aos quais a adega compra a uva e até para a própria cooperativa. “Há por parte desta nova direção um esforço significativo para acompanhar as produções dos associados”, refere o responsável.
Muitos dos associados são pessoas com alguma idade e que não têm muita facilidade em mudar os hábitos. Mas ainda assim, Márcio Pereira insiste em mudar alguns comportamentos, como é o caso do preço a que é comprada a uva aos produtores e até na forma de comunicação com os mesmos associados. Ao Valor Local, esclarece que essa comunicação tem mudado para melhor, ressalvando, no entanto, que ainda há um caminho a percorrer. O mundo das newsletters digitais ainda não está totalmente apreendido pelos produtores, e por isso a título de exemplo salienta que é enviada regulamente informação em papel via CTT.
Por outro lado, assegura que de forma gratuita, a adega fornece uma série de serviços aos seus associados que vão desde o acompanhamento da produção às análises laboratoriais até às candidaturas aos programas de apoio da União Europeia. Os produtores têm ainda à sua disposição, desde há um ano, um gabinete de apoio totalmente gratuito e com um técnico da cooperativa, nas instalações da adega.
Os hábitos não são fáceis de mudar, mas Márcio Pereira acredita que o caminho será esse. A adega está a crescer no mercado nacional e embora tenha planeado a exportação, isso ainda não vai acontecer devido a questões que se prendem com a logística.
Para já, o presidente da direção está contente com a adesão às visitas que têm sido feitas às instalações da adega. Esse é outro passo importante, dado que reflete a importância da sua abertura “à comunidade”.
Outro dos caminhos da adega no futuro prende-se com a maximização das instalações. A utilização das mesmas para iniciativas não ligadas exclusivamente ao vinho, é outra das metas de Márcio Pereira que recuperou recentemente uma sala com alambiques antigos, e onde num futuro próximo serão feitas algumas iniciativas de caráter cultural, como será o caso, a título de exemplo, de sessões de fado.
Por outro lado, a adega oferece ainda locais onde pode ser saboreado o vinho ali produzido, acompanhados por outros produtos regionais, em combinações que prometem surpreender os paladares. Aliás, as instalações da adega são “tão versáteis” que já foram palco da “apresentação de um livro recentemente, e até utilizadas como ponto de passagem de uma prova de atletismo.”
Neste momento, há espaços a serem recuperados e um deles dará no futuro lugar a um museu com as memórias de mais de 60 anos desta “adega tão importante para a região e para todas as gerações.”
Os vinhos da adega de Arruda são reconhecidos em todo o país e também no estrangeiro. A contribuir para isso está a qualidade das castas e claro o rigor colocado na feitura dos néctares, o que já granjeou uma serie de prémios à Adega de Arruda dos Vinhos.
É com orgulho, que Márcio Pereira desfila os vários lotes de vinhos produzidos na Adega Cooperativa de Arruda. Desde o licoroso, Dª Elvira, passando pelo Arruda DOC e pelo vinho corrente Vale Quente. Todos são tratados com minúcia e profissionalismo, “porque estes são vinhos que garantem o prestígio de uma adega com história.”
Mas existem também outros vinhos, como é o caso do "Náutico", da "Comenda de Santiago" ou do "Extra Madura", que vai voltar a ser produzido pela adega.
Na calha está um novo “Lote 44” que estará em breve a ser comercializado de norte a sul do país. Aliás quando a reportagem do Valor Local esteve na adega, o Lote 44 ainda aguardava pela chegada dos rótulos, mas em perspetiva estão ainda outras mudanças: “Para além dos rótulos, há também alterações nas rolhas, já que estas passaram, agora, a ser marcadas com a chancela da Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos, algo que até aqui não acontecia.”
Para o responsável, todos os pormenores contam. Não é só fazer um bom vinho. Márcio Pereira dá atenção a todos os detalhes e por isso quer fazer sobressair de novo a Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos no mercado nacional e prepará-la para os gostos dos restantes países da Europa.
Eleito há cerca de um ano, Márcio Pereira, quase que deixou a advocacia para se dedicar “de corpo e alma “ a este projeto. Como ele próprio refere ao Valor Local “isto tem de ser gerido como uma empresa” e é nisso que tem apostado.
A ideia é profissionalizar o mais possível a adega e os seus produtos. Márcio Pereira vinca que isso é determinante para o mercado competitivo em que a adega se move, sobretudo depois da adesão à União Europeia e esse é um verdadeiro desafio para os produtores locais aos quais a adega compra a uva e até para a própria cooperativa. “Há por parte desta nova direção um esforço significativo para acompanhar as produções dos associados”, refere o responsável.
Muitos dos associados são pessoas com alguma idade e que não têm muita facilidade em mudar os hábitos. Mas ainda assim, Márcio Pereira insiste em mudar alguns comportamentos, como é o caso do preço a que é comprada a uva aos produtores e até na forma de comunicação com os mesmos associados. Ao Valor Local, esclarece que essa comunicação tem mudado para melhor, ressalvando, no entanto, que ainda há um caminho a percorrer. O mundo das newsletters digitais ainda não está totalmente apreendido pelos produtores, e por isso a título de exemplo salienta que é enviada regulamente informação em papel via CTT.
Por outro lado, assegura que de forma gratuita, a adega fornece uma série de serviços aos seus associados que vão desde o acompanhamento da produção às análises laboratoriais até às candidaturas aos programas de apoio da União Europeia. Os produtores têm ainda à sua disposição, desde há um ano, um gabinete de apoio totalmente gratuito e com um técnico da cooperativa, nas instalações da adega.
Os hábitos não são fáceis de mudar, mas Márcio Pereira acredita que o caminho será esse. A adega está a crescer no mercado nacional e embora tenha planeado a exportação, isso ainda não vai acontecer devido a questões que se prendem com a logística.
Para já, o presidente da direção está contente com a adesão às visitas que têm sido feitas às instalações da adega. Esse é outro passo importante, dado que reflete a importância da sua abertura “à comunidade”.
Outro dos caminhos da adega no futuro prende-se com a maximização das instalações. A utilização das mesmas para iniciativas não ligadas exclusivamente ao vinho, é outra das metas de Márcio Pereira que recuperou recentemente uma sala com alambiques antigos, e onde num futuro próximo serão feitas algumas iniciativas de caráter cultural, como será o caso, a título de exemplo, de sessões de fado.
Por outro lado, a adega oferece ainda locais onde pode ser saboreado o vinho ali produzido, acompanhados por outros produtos regionais, em combinações que prometem surpreender os paladares. Aliás, as instalações da adega são “tão versáteis” que já foram palco da “apresentação de um livro recentemente, e até utilizadas como ponto de passagem de uma prova de atletismo.”
Neste momento, há espaços a serem recuperados e um deles dará no futuro lugar a um museu com as memórias de mais de 60 anos desta “adega tão importante para a região e para todas as gerações.”
Os vinhos da adega de Arruda são reconhecidos em todo o país e também no estrangeiro. A contribuir para isso está a qualidade das castas e claro o rigor colocado na feitura dos néctares, o que já granjeou uma serie de prémios à Adega de Arruda dos Vinhos.
É com orgulho, que Márcio Pereira desfila os vários lotes de vinhos produzidos na Adega Cooperativa de Arruda. Desde o licoroso, Dª Elvira, passando pelo Arruda DOC e pelo vinho corrente Vale Quente. Todos são tratados com minúcia e profissionalismo, “porque estes são vinhos que garantem o prestígio de uma adega com história.”
Mas existem também outros vinhos, como é o caso do "Náutico", da "Comenda de Santiago" ou do "Extra Madura", que vai voltar a ser produzido pela adega.
Na calha está um novo “Lote 44” que estará em breve a ser comercializado de norte a sul do país. Aliás quando a reportagem do Valor Local esteve na adega, o Lote 44 ainda aguardava pela chegada dos rótulos, mas em perspetiva estão ainda outras mudanças: “Para além dos rótulos, há também alterações nas rolhas, já que estas passaram, agora, a ser marcadas com a chancela da Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos, algo que até aqui não acontecia.”
Para o responsável, todos os pormenores contam. Não é só fazer um bom vinho. Márcio Pereira dá atenção a todos os detalhes e por isso quer fazer sobressair de novo a Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos no mercado nacional e prepará-la para os gostos dos restantes países da Europa.