Tertúlia da Amizade comemora 25 anos cada vez com mais espírito de solidariedade
SA
04-08-2017 às 18:12
A completar este mês de agosto 25 anos a Tertúlia da Amizade acaba por ser uma das mais emblemáticas das festas de Arruda. As festas em honra de Nossa Senhora da Salvação constituem-se como o principal evento da sua atividade, mas ao longo do ano a tertúlia também integra outras festividades e participa ainda em ações de solidariedade.
Composta por pessoas da terra com a tradição nas veias, e originalmente composta por funcionários da autarquia, a tertúlia adquiriu, à época, um autocarro descapotável. Atualmente faz parte das tertúlias móveis que participam na festa, e este ano integra também a candidatura deste movimento a património cultural e imaterial. Dela fazem parte 50 pessoas aficionadas que se juntam no autocarro para conviver, comer, beber, e assistir às largadas através deste palco privilegiado. Já não é composta maioritariamente por funcionários da Câmara, mas no fundo por jovens aficionados. Arruda dos Vinhos é pioneira no movimento das tertúlias móveis e por todo o país este fenómeno tem despertado curiosidade.
Ana Janeiro, desta tertúlia que é também uma associação, conta que até à data a mesma não possui uma sede, embora tal continue a fazer parte dos planos mas não a curto/médio prazo. “Não houve essa possibilidade, e por isso durante o ano o autocarro fica debaixo de um telheiro nos bombeiros voluntários”, expressa. No dia 11 de agosto, sai rumo às festas e depois permanece estacionado até à próxima edição do evento. Em setembro, a associação participa nas festas das Cardosas, e “sem receber, ao contrário do que muita gente pensa”, acentua Filipa Santana, presidente da direção da tertúlia que começou nestas andanças ainda em criança quando o avô estava à frente de uma outra tertúlia. (Este movimento associado às festas já terá mais de 50 anos). A associação vive exclusivamente da quotização dos sócios, dos donativos e dádivas da comunidade, do comércio e das empresas, até tendo em conta algum tipo de investimento que tem de ser realizado no autocarro que já tem mais de 50 anos. “Todos somos filhos da terra e por isso a tradição vai mantendo-se e há sempre vontade de ajudar”. Anualmente, a tertúlia realiza um almoço de Natal onde comparecem os patrocinadores e os sócios, e nos últimos anos conseguiram reunir cerca de 100 pessoas.
Composta por pessoas da terra com a tradição nas veias, e originalmente composta por funcionários da autarquia, a tertúlia adquiriu, à época, um autocarro descapotável. Atualmente faz parte das tertúlias móveis que participam na festa, e este ano integra também a candidatura deste movimento a património cultural e imaterial. Dela fazem parte 50 pessoas aficionadas que se juntam no autocarro para conviver, comer, beber, e assistir às largadas através deste palco privilegiado. Já não é composta maioritariamente por funcionários da Câmara, mas no fundo por jovens aficionados. Arruda dos Vinhos é pioneira no movimento das tertúlias móveis e por todo o país este fenómeno tem despertado curiosidade.
Ana Janeiro, desta tertúlia que é também uma associação, conta que até à data a mesma não possui uma sede, embora tal continue a fazer parte dos planos mas não a curto/médio prazo. “Não houve essa possibilidade, e por isso durante o ano o autocarro fica debaixo de um telheiro nos bombeiros voluntários”, expressa. No dia 11 de agosto, sai rumo às festas e depois permanece estacionado até à próxima edição do evento. Em setembro, a associação participa nas festas das Cardosas, e “sem receber, ao contrário do que muita gente pensa”, acentua Filipa Santana, presidente da direção da tertúlia que começou nestas andanças ainda em criança quando o avô estava à frente de uma outra tertúlia. (Este movimento associado às festas já terá mais de 50 anos). A associação vive exclusivamente da quotização dos sócios, dos donativos e dádivas da comunidade, do comércio e das empresas, até tendo em conta algum tipo de investimento que tem de ser realizado no autocarro que já tem mais de 50 anos. “Todos somos filhos da terra e por isso a tradição vai mantendo-se e há sempre vontade de ajudar”. Anualmente, a tertúlia realiza um almoço de Natal onde comparecem os patrocinadores e os sócios, e nos últimos anos conseguiram reunir cerca de 100 pessoas.
As festas compreendem 11 tertúlias móveis e duas fixas. E o convívio durante os dias da festa faz-se também do intercâmbio que há entre tertúlias num espírito de familiaridade e amizade. A Rua Cândido dos Reis de repente torna-se na Rua das Tertúlias. “Nesses dias recebemos os nossos amigos e patrocinadores”, refere Ana Janeiro que enfatiza desta forma o espírito daqueles dias – “É como se vivêssemos num prédio e as pessoas andassem de casa em casa sem que haja barreiras”. Os autocarros são também como pequenas casas, onde existem cozinhas com frigorífico e grelhador, mas também há sofás e cadeiras para se confraternizar. “É como uma mini casa onde passamos uns dias por ano”; acrescenta Filipa Santana. Trata-se da única oportunidade do ano em que os tertulianos podem passar tempo juntos, mas também é nesta altura que chegam os emigrantes, e como tal é mais uma forma de aproximação entre os arrudenses.
Os forasteiros têm muita curiosidade “em perceber o que é isto das tertúlias móveis”, e por isso mesmo quando não estão a acontecer as largadas há sempre gente interessada em ver o que se passa na Rua Cândido dos Reis. “Acabamos por ser naturalmente um cartão-de-visita da festa”, refere Ana Janeiro.
Esta tertúlia também faz da solidariedade a sua bandeira e participa ativamente em ações de angariação de bens e recolha de géneros alimentícios e roupa canalizados para os mais carenciados, mas também junto de outras associações como os bombeiros com um donativo financeiro e bens. “Como somos tão ajudados sentimos também a obrigação de ajudar quando podemos”, diz Ana Janeiro. A junta de freguesia de Azambuja é outra das entidades com as quais a tertúlia colabora, nomeadamente, no Dia do Idoso em que os seus membros ajudam na distribuição de comida e em toda a logística inerente ao evento.
Os forasteiros têm muita curiosidade “em perceber o que é isto das tertúlias móveis”, e por isso mesmo quando não estão a acontecer as largadas há sempre gente interessada em ver o que se passa na Rua Cândido dos Reis. “Acabamos por ser naturalmente um cartão-de-visita da festa”, refere Ana Janeiro.
Esta tertúlia também faz da solidariedade a sua bandeira e participa ativamente em ações de angariação de bens e recolha de géneros alimentícios e roupa canalizados para os mais carenciados, mas também junto de outras associações como os bombeiros com um donativo financeiro e bens. “Como somos tão ajudados sentimos também a obrigação de ajudar quando podemos”, diz Ana Janeiro. A junta de freguesia de Azambuja é outra das entidades com as quais a tertúlia colabora, nomeadamente, no Dia do Idoso em que os seus membros ajudam na distribuição de comida e em toda a logística inerente ao evento.
Tertúlia espera momento ao rubro no assinalar dos seus 25 anos
Neste momento, a tertúlia está completamente focada na comemoração dos seus 25 anos que se assinalam a 11 de agosto, ou seja durante as festas, que se constituirá por um concerto com o grupo MJ no jardim municipal a partir das 23 horas. “Vai ser uma grande festa para a população. Será a nossa forma de retribuir. Não faria sentido nenhum para a tertúlia uma festa num recinto fechado, e apenas para nós.” As expetativas para este concerto são muitas até porque será um concerto num camião palco e por isso a tertúlia espera um jardim municipal “cheio de gente”. “Seria uma grande alegria ter o concelho de Arruda em peso a cantar-nos os parabéns até porque vamos ter um bolo e muitas surpresas”, refere Ana Janeiro.
Durante as festas, as tertúlias apresentam também a nova t-shirt e neste campo Ana Janeiro e Filipa Santana tentam não entrar em pormenores. Este ano a cor será preta mas não há mais para desvendar por enquanto. “Mantém-se em segredo absoluto e neste momento está guardada numa garagem”, adianta Ana Janeiro. A t-shirt é abençoada na Missa das Tertúlias também parte integrante do cartaz religioso destas festas. “A ideia é que nenhum Tertuliano saia maltratado nas largadas desta festa”, acrescenta Filipa Santana.
Tertúlias Móveis a Património Cultural e Imaterial
Esta é uma candidatura lançada pelo município e na qual as tertúlias se revêm por completo como não podia deixar de ser. Para a tertúlia da Amizade tal é por isso um motivo de “grande orgulho”. “Como estamos tão envolvidos neste momento por vezes não damos conta do nosso pioneirismo enquanto tertúlias móveis, e é isso que o município está a procurar potenciar”, acrescenta Ana Janeiro que dá conta do estado de perplexidade do visitante quando chega a Arruda e percebe que uma rua se encontra ocupada pelos autocarros e neles centenas de pessoas dedicadas à festa e a cumprir uma tradição. Até porque “largadas há em todo o lado mas com esta estrutura só mesmo aqui”. Este movimento é tão antigo que Filipa Santana recorda-se que o seu avô chegou a usar, à época, não um autocarro mas uma carroça.
Segue-se agora também uma fase de recolha de assinaturas “porque merecemos este reconhecimento bem como as gerações anteriores e as futuras”, concordam as tertulianas. O presidente da Câmara de Arruda, André Rijo, dá conta que nesta altura a candidatura vai tomando forma, e que inclusivamente convidou Elísio Summavielle, antigo secretário de Estado da Cultura, e atual diretor do Centro Cultural de Belém, conhecido aficionado, para também se envolver neste projeto, o qual aceitou de imediato. Arruda tem procurado recolher o exemplo de outras paragens que igualmente viram projetos, que de alguma forma evocam o espírito das largadas, como o da acapaia arraiana, no Sabugal, serem reconhecidos.
Neste momento, a tertúlia está completamente focada na comemoração dos seus 25 anos que se assinalam a 11 de agosto, ou seja durante as festas, que se constituirá por um concerto com o grupo MJ no jardim municipal a partir das 23 horas. “Vai ser uma grande festa para a população. Será a nossa forma de retribuir. Não faria sentido nenhum para a tertúlia uma festa num recinto fechado, e apenas para nós.” As expetativas para este concerto são muitas até porque será um concerto num camião palco e por isso a tertúlia espera um jardim municipal “cheio de gente”. “Seria uma grande alegria ter o concelho de Arruda em peso a cantar-nos os parabéns até porque vamos ter um bolo e muitas surpresas”, refere Ana Janeiro.
Durante as festas, as tertúlias apresentam também a nova t-shirt e neste campo Ana Janeiro e Filipa Santana tentam não entrar em pormenores. Este ano a cor será preta mas não há mais para desvendar por enquanto. “Mantém-se em segredo absoluto e neste momento está guardada numa garagem”, adianta Ana Janeiro. A t-shirt é abençoada na Missa das Tertúlias também parte integrante do cartaz religioso destas festas. “A ideia é que nenhum Tertuliano saia maltratado nas largadas desta festa”, acrescenta Filipa Santana.
Tertúlias Móveis a Património Cultural e Imaterial
Esta é uma candidatura lançada pelo município e na qual as tertúlias se revêm por completo como não podia deixar de ser. Para a tertúlia da Amizade tal é por isso um motivo de “grande orgulho”. “Como estamos tão envolvidos neste momento por vezes não damos conta do nosso pioneirismo enquanto tertúlias móveis, e é isso que o município está a procurar potenciar”, acrescenta Ana Janeiro que dá conta do estado de perplexidade do visitante quando chega a Arruda e percebe que uma rua se encontra ocupada pelos autocarros e neles centenas de pessoas dedicadas à festa e a cumprir uma tradição. Até porque “largadas há em todo o lado mas com esta estrutura só mesmo aqui”. Este movimento é tão antigo que Filipa Santana recorda-se que o seu avô chegou a usar, à época, não um autocarro mas uma carroça.
Segue-se agora também uma fase de recolha de assinaturas “porque merecemos este reconhecimento bem como as gerações anteriores e as futuras”, concordam as tertulianas. O presidente da Câmara de Arruda, André Rijo, dá conta que nesta altura a candidatura vai tomando forma, e que inclusivamente convidou Elísio Summavielle, antigo secretário de Estado da Cultura, e atual diretor do Centro Cultural de Belém, conhecido aficionado, para também se envolver neste projeto, o qual aceitou de imediato. Arruda tem procurado recolher o exemplo de outras paragens que igualmente viram projetos, que de alguma forma evocam o espírito das largadas, como o da acapaia arraiana, no Sabugal, serem reconhecidos.