Nova vida aos materiais pela artesã Ana Amadeu
SA
31-10-2017 às 18:41
Ana Amadeu há muito que se dedica a ser artesã nas horas vagas. Na sua casa podemos encontrar os mais diversos objetos transformados em obras de arte através da recolha de materiais do dia-a-dia. Desde peças feitas com conchinhas, sementes de papoilas, caroços dos eucaliptos, entre muitos outros. Garrafas de plástico são reaproveitadas e nelas esculpidas flores como se do vidro se tratasse através da pirogravura. Frequenta feiras de artesanato mas só quando pode, e desde há seis anos para cá.
Multifacetada trabalha desde bordados, tecidos, metal, madeira, entre outros. Para si “é uma necessidade” este tipo de ocupação já que lhe permite libertar-se um pouco das rotinas do dia-a-dia. Em Arruda dos Vinhos o seu trabalho está presente muitas vezes na Mercearia do Prato, uma unidade de restauração local mas refere que não se considera “uma produtora artesanal regular”.
Atenta ao seu redor, vai sempre tendo ideias para uma peça qualquer que há-de surgir. A influência para estas artes veio da família com os pais. Com facilidade usa um berbequim ou um serrote. A residir desde há três anos em Arruda, Ana Amadeu tenta também inspirar-se um pouco na história do concelho. Tem trabalhos expostos na loja G à entrada da vila, mas já esteve também no espaço do artesão mas por incompatibilidade de horários deixou de expor. De resto utiliza algumas montras do comércio local também para expor assim como a festa da vinha e do vinho do município.
À medida que vai falando do seu trabalho, mostra também mais alguns exemplos de reaproveitamentos com arranjos de flores por exemplo. “Começo a fazer coroas em que o vime ajuda a dar corpo ao que pretendo, e assim vou aproveitando flores que iam deitar fora usando, por exemplo, também veludo”. Quando vai à praia também aproveita para recolher conchinhas ou até outros materiais. Salta à vista o trabalho que faz com caixa de ovos que até servem para compor quadros através da modificação dos materiais. Cascas de nozes também fazem um quadro e neste caso fez sentido para a artista fazer uma composição deste tipo. São trabalhos que levam alguns dias pela exigência das técnicas utilizadas.
Ultimamente virou-se também para a execução de presépios e vemos alguns espalhados pela sua casa, e que também já marcaram presença em exposições, dotados dos vários elementos: o pastor, os anjinhos, o menino, os pais, etc. A peça é toda envernizada e nela podemos ver alguns apliques dos ditos materiais reaproveitados como as conchas.
As histórias verídicas das invasões francesas ou as lendas de Arruda têm dado o mote para alguma inspiração, e lembrou-se também de começar a fazer adegas. “Às vezes até imagino a descoberta das antigas adegas daquelas que foram assaltadas pelos franceses durante as invasões”, diz a brincar. Abraçou o desafio de fazer adegas antigas também recorrendo ao mesmo tipo de materiais.
Simulando as garrafas, os barris, os copos. Ultimamente tem até usado castanhas que têm caído de um castanheiro que existe nas redondezas. Quando se pergunta o que mais estranho aproveitou para as suas peças tem dificuldade em se lembrar. Quando vende alguma peça admite ser difícil dizer-lhe adeus em desfazer-se das mesmas. Talvez por isso agora não se dedique tanto à vertente comercial.
Multifacetada trabalha desde bordados, tecidos, metal, madeira, entre outros. Para si “é uma necessidade” este tipo de ocupação já que lhe permite libertar-se um pouco das rotinas do dia-a-dia. Em Arruda dos Vinhos o seu trabalho está presente muitas vezes na Mercearia do Prato, uma unidade de restauração local mas refere que não se considera “uma produtora artesanal regular”.
Atenta ao seu redor, vai sempre tendo ideias para uma peça qualquer que há-de surgir. A influência para estas artes veio da família com os pais. Com facilidade usa um berbequim ou um serrote. A residir desde há três anos em Arruda, Ana Amadeu tenta também inspirar-se um pouco na história do concelho. Tem trabalhos expostos na loja G à entrada da vila, mas já esteve também no espaço do artesão mas por incompatibilidade de horários deixou de expor. De resto utiliza algumas montras do comércio local também para expor assim como a festa da vinha e do vinho do município.
À medida que vai falando do seu trabalho, mostra também mais alguns exemplos de reaproveitamentos com arranjos de flores por exemplo. “Começo a fazer coroas em que o vime ajuda a dar corpo ao que pretendo, e assim vou aproveitando flores que iam deitar fora usando, por exemplo, também veludo”. Quando vai à praia também aproveita para recolher conchinhas ou até outros materiais. Salta à vista o trabalho que faz com caixa de ovos que até servem para compor quadros através da modificação dos materiais. Cascas de nozes também fazem um quadro e neste caso fez sentido para a artista fazer uma composição deste tipo. São trabalhos que levam alguns dias pela exigência das técnicas utilizadas.
Ultimamente virou-se também para a execução de presépios e vemos alguns espalhados pela sua casa, e que também já marcaram presença em exposições, dotados dos vários elementos: o pastor, os anjinhos, o menino, os pais, etc. A peça é toda envernizada e nela podemos ver alguns apliques dos ditos materiais reaproveitados como as conchas.
As histórias verídicas das invasões francesas ou as lendas de Arruda têm dado o mote para alguma inspiração, e lembrou-se também de começar a fazer adegas. “Às vezes até imagino a descoberta das antigas adegas daquelas que foram assaltadas pelos franceses durante as invasões”, diz a brincar. Abraçou o desafio de fazer adegas antigas também recorrendo ao mesmo tipo de materiais.
Simulando as garrafas, os barris, os copos. Ultimamente tem até usado castanhas que têm caído de um castanheiro que existe nas redondezas. Quando se pergunta o que mais estranho aproveitou para as suas peças tem dificuldade em se lembrar. Quando vende alguma peça admite ser difícil dizer-lhe adeus em desfazer-se das mesmas. Talvez por isso agora não se dedique tanto à vertente comercial.