Arruda com reduções no passe social de 30 por cento mas à espera de mais
SA
09-04-2019 às 10:13
Um munícipe do concelho de Arruda que todos os dias se desloque rumo à capital passou a pagar desde o dia um de abril 77 euros de passe mensal, na categoria simples, ao contrário dos 110 que pagava anteriormente. Mas o desconto de 30 por cento foi o mais longe que o município enquadrado na Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oestecim) conseguiu. A apenas dois passos da capital, Arruda dos Vinhos por se encontrar fora dos municípios que compõem a Área Metropolitana de Lisboa (AML) não pôde posicionar-se entre os concelhos com acesso direto ao passe a 40 euros, como é o caso do concelho vizinho de Vila Franca de Xira (AML). Contudo, a Oestecim através de um esforço financeiro de cerca de 600 mil euros a repartir pelos diferentes concelhos a que se soma a verba do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) para a região Oeste de 1 milhão 300 mil euros conseguiu, fazer com que os passes regionais e municipais descessem aos valores dos praticados na área da AML. Viajar, todos os dias, dentro do concelho de Arruda, de autocarro, passa a ter um valor mensal de 30 euros, e de 40 euros no caso de viagens dentro da área da Oestecim, como sejam as deslocações a Sobral de Monte Agraço, Alenquer ou Torres Vedras. Mas se todos os dias apanha a carreira, até Vila Franca de Xira, Bucelas, ou Loures, o desconto será de apenas 30 por cento em relação ao que pagava até 31 de março.
A desproporcionalidade na distribuição das verbas do PART está a deixar muito desconfortáveis autarcas de norte a sul do país, e durante a conferência de imprensa promovida, esta segunda-feira, dia 01 de abril pela Oestecim, nas suas instalações nas Caldas da Rainha, era visível o sentimento de “menino caído nos braços” por parte dos autarcas, que viram ainda diminuída a verba, por parte do Instituto de Mobilidade Terrestre (IMT), no que concerne à subsidiação do passe para jovens. Aquela entidade que antes comparticipava os passes “sub 23” e o “4-18” em 25 por cento do custo total, agora apenas se dispõe a pagar 25 por cento de 70 por cento da verba total. A comunidade intermunicipal mostrou-se disponível para arcar com esta despesa até final do ano letivo, mas no ano que vem, anunciou que terá de colocar novamente as cartas na mesa, pois a continuar assim a Oestecim teria de comparticipar com verbas irrealistas a medida dos passes sociais. No próximo ano, e de acordo com o presidente da Oestecim, Pedro Folgado, ao Chafariz de Arruda, o Governo terá necessariamente de alocar mais verba às CIMS sob pena de os valores atingirem custos demasiado incomportáveis para estas estruturas. Neste ano, o Governo anunciou 104 milhões através do Fundo Ambiental: 73 milhões de euros só para a Área Metropolitana de Lisboa; A Área Metropolitana do Porto fica com 15,08 milhões; e o resto do país, Oestecim incluída, 15,9 milhões.
A desproporcionalidade na distribuição das verbas do PART está a deixar muito desconfortáveis autarcas de norte a sul do país, e durante a conferência de imprensa promovida, esta segunda-feira, dia 01 de abril pela Oestecim, nas suas instalações nas Caldas da Rainha, era visível o sentimento de “menino caído nos braços” por parte dos autarcas, que viram ainda diminuída a verba, por parte do Instituto de Mobilidade Terrestre (IMT), no que concerne à subsidiação do passe para jovens. Aquela entidade que antes comparticipava os passes “sub 23” e o “4-18” em 25 por cento do custo total, agora apenas se dispõe a pagar 25 por cento de 70 por cento da verba total. A comunidade intermunicipal mostrou-se disponível para arcar com esta despesa até final do ano letivo, mas no ano que vem, anunciou que terá de colocar novamente as cartas na mesa, pois a continuar assim a Oestecim teria de comparticipar com verbas irrealistas a medida dos passes sociais. No próximo ano, e de acordo com o presidente da Oestecim, Pedro Folgado, ao Chafariz de Arruda, o Governo terá necessariamente de alocar mais verba às CIMS sob pena de os valores atingirem custos demasiado incomportáveis para estas estruturas. Neste ano, o Governo anunciou 104 milhões através do Fundo Ambiental: 73 milhões de euros só para a Área Metropolitana de Lisboa; A Área Metropolitana do Porto fica com 15,08 milhões; e o resto do país, Oestecim incluída, 15,9 milhões.
Em declarações ao nosso jornal, o presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Rijo, fala numa pequena vitória, até tendo em conta que a Comunidade Intermunicipal do Oeste conseguiu reunir um conjunto de solidariedades entre os seus autarcas, que “não foi fácil”, para conseguir entrar a um de abril, com uma série de descontos nos passes sociais, embora ainda não em pé de igualdade com os municípios da Área Metropolitana de Lisboa. O autarca fala de uma medida que ainda tem muito para caminhar e que significa o início de uma nova era a nível da mobilidade e da sustentabilidade. “Acreditava-se que a privatização seria o caminho, com necessidade de o utilizador ter de pagar e assegurar a sobrevivência do sistema de transportes, sem, que existisse o incentivo por parte das políticas públicas, provou-se que poderia ser diferente”. André Rijo saúda a medida porque permitirá “mais rendimento disponível para as famílias e menos emissões poluentes”. André Rijo salienta que a Oestecim está de parabéns, embora refira que esta medida deverá ser mais aprofundada, no sentido de os munícipes do concelho e da região poderem ficar em condições de igualdade com os da Área Metropolitana de Lisboa
Vereador da oposição fala em eleitoralismo e em critérios inconstitucionais
Em comunicado enviado à redação do “Chafariz de Arruda”, o vereador do PSD na Câmara de Arruda dos Vinhos, Luís Rodrigues, encara esta iniciativa do Governo como assente num modelo que acaba por beneficiar apenas os utentes da AML, e “discriminar os portugueses em função da sua área de residência”. Algo que classifica como “inconstitucionalmente duvidoso”. Sobretudo porque a AML é que possui o mais elevado rendimento per capita do país, e depois porque por via desta medida acaba por receber mais do orçamento do Estado. Luís Rodrigues fez as contas e constata que a ajuda do Estado por passageiro de transporte público na AML é de 157, 17 euros mas nas restantes regiões do país se reduz a 52,35 euros. “Afinal, a grande ilação a retirar desta medida é que, em vez de combater a exclusão social, acaba, paradoxalmente, a fomentar uma inadmissível divisão entre portugueses: uns de primeira (os que habitam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto) e outros de segunda (aqueles que residem no restante território nacional)”, suscita, relacionando a disparidade de que fala com o aproximar das eleições legislativas.
O autarca sugere que os critérios de cálculo observem fatores como a distância percorrida, em primeiro lugar, mas também o número, maior ou menor, de ligações inter-regionais, e os fluxos de e para cada uma delas.
Vereador da oposição fala em eleitoralismo e em critérios inconstitucionais
Em comunicado enviado à redação do “Chafariz de Arruda”, o vereador do PSD na Câmara de Arruda dos Vinhos, Luís Rodrigues, encara esta iniciativa do Governo como assente num modelo que acaba por beneficiar apenas os utentes da AML, e “discriminar os portugueses em função da sua área de residência”. Algo que classifica como “inconstitucionalmente duvidoso”. Sobretudo porque a AML é que possui o mais elevado rendimento per capita do país, e depois porque por via desta medida acaba por receber mais do orçamento do Estado. Luís Rodrigues fez as contas e constata que a ajuda do Estado por passageiro de transporte público na AML é de 157, 17 euros mas nas restantes regiões do país se reduz a 52,35 euros. “Afinal, a grande ilação a retirar desta medida é que, em vez de combater a exclusão social, acaba, paradoxalmente, a fomentar uma inadmissível divisão entre portugueses: uns de primeira (os que habitam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto) e outros de segunda (aqueles que residem no restante território nacional)”, suscita, relacionando a disparidade de que fala com o aproximar das eleições legislativas.
O autarca sugere que os critérios de cálculo observem fatores como a distância percorrida, em primeiro lugar, mas também o número, maior ou menor, de ligações inter-regionais, e os fluxos de e para cada uma delas.
PS de Arruda faz as contas aos descontos
Em comunicado enviado ao Chafariz de Arruda, o Partido Socialista de Arruda dos Vinhos, fez as contas aos descontos obtidos e sendo assim refere que no caso, por exemplo, do passe combinado de Arruda para Lisboa, que tinha até ao final do mês passado um custo de 140 euros, passou a ter um valor de 97, 89 euros, o que segundo aquela força partidária, significará ao final de um ano uma poupança de 460 euros. Este partido prefere ver a medida sob o signo do “copo meio cheio”, e continua a elencar: Já o passe simples de Arruda passa dos 110,20 euros para os 77,14, o que se traduz, “numa poupança anual de 360 euros”. O passe de Arruda para Vila França sofrerá também uma redução de 30 por cento. Tinha até 31 de março um custo de 62,50 euros. “Uma poupança anual de 206,25 euros”. Já nas ligações dentro da área do município, em que não haverá títulos com valor superior a 30 euros, o passe Arruda-Arranhó, que custava 62,50 euros pode permitir “uma poupança anual de 357,50 euros”. O passe de Arruda-S.Tiago dos Velhos, que custava 50 euros e 50 cêntimos “pode significar uma poupança de 225,50 euros”; Arruda Cardosas que custava 40 euros, “significará anualmente uma poupança de 110 euros”.
Em comunicado enviado ao Chafariz de Arruda, o Partido Socialista de Arruda dos Vinhos, fez as contas aos descontos obtidos e sendo assim refere que no caso, por exemplo, do passe combinado de Arruda para Lisboa, que tinha até ao final do mês passado um custo de 140 euros, passou a ter um valor de 97, 89 euros, o que segundo aquela força partidária, significará ao final de um ano uma poupança de 460 euros. Este partido prefere ver a medida sob o signo do “copo meio cheio”, e continua a elencar: Já o passe simples de Arruda passa dos 110,20 euros para os 77,14, o que se traduz, “numa poupança anual de 360 euros”. O passe de Arruda para Vila França sofrerá também uma redução de 30 por cento. Tinha até 31 de março um custo de 62,50 euros. “Uma poupança anual de 206,25 euros”. Já nas ligações dentro da área do município, em que não haverá títulos com valor superior a 30 euros, o passe Arruda-Arranhó, que custava 62,50 euros pode permitir “uma poupança anual de 357,50 euros”. O passe de Arruda-S.Tiago dos Velhos, que custava 50 euros e 50 cêntimos “pode significar uma poupança de 225,50 euros”; Arruda Cardosas que custava 40 euros, “significará anualmente uma poupança de 110 euros”.